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Jogos Olímpicos de Paris 2024

O “trauma” de Munique: 20 horas de terror e 52 anos de “estatuto excecional” para Israel

Um dos terroristas do Setembro Negro nos Jogos Olímpicos de Munique 1972
Um dos terroristas do Setembro Negro nos Jogos Olímpicos de Munique 1972
Russell Mcphedran/The Sydney Morning Herald/Fairfax Media/Getty Images

Nos Jogos de Munique de 1972, terroristas palestinianos infiltraram-se na aldeia olímpica. A operação do Setembro Negro saldou-se em 11 atletas israelitas mortos e expôs graves falhas de segurança das autoridades alemãs. Mais de meio século volvido, a tragédia continua a ensombrar as Olimpíadas, incluindo as de Paris 2024. E o “sentimento de culpa” traduz-se numa “espécie de cheque em branco” passado a Telavive, afirma historiador

Eram 4h30 da manhã de 5 de setembro de 1972 quando oito palestinianos subiram uma vedação que rodeava a aldeia olímpica de Munique. Disfarçados de atletas, usando chaves roubadas e dispondo de planos detalhados do local, os terroristas da organização Setembro Negro conseguiram chegar à equipa olímpica israelita.

Os terroristas exigiam a libertação de mais de 200 palestinianos detidos em prisões israelitas e de Andreas Baader e Ulrike Meinhof, do movimento de extrema-esquerda Grupo Baader-Meinhof (Fação do Exército Vermelho), das prisões alemãs, além de um avião que os transportasse para um destino seguro no Médio Oriente. Após tensas negociações e já com um saldo fatal em vidas humanas, por volta das 22h julgaram ter chegado a acordo.

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