Nos Jogos Olímpicos, a missão de João Ribeiro e Messias Baptista já está na final do K2 500 metros
A dupla portuguesa, campeã do mundo da especialidade, chegou à disputa pelas medalhas após ficar em 3.º na sua meia-final
A dupla portuguesa, campeã do mundo da especialidade, chegou à disputa pelas medalhas após ficar em 3.º na sua meia-final
Como é que diz o estereótipo? Ah, sim, os portugueses deixam tudo para a última, esperam pelo último momento para resolver os assuntos, adiam e adiam.
Bem, há uma certa correspondência olímpica que se pode dar à ideia feita. Antepenúltimo e penúltimo dias dos Jogos Olímpicos 2024: as horas em que o destino da delegação portuguesa será decidido, as jornadas que determinarão que tipo de balanço se fará de mais de duas semanas em Paris.
Depois da prata de Iuri Leitão, a comitiva nacional despertou-se cheia de sorrisos. Era bem cedo no estádio náutico de Vaires-sur-Marne e Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, já recebia os parabéns das mais diversas personalidades aqui presentes. Uma dessas mensagens de felicitação veio de Luís Montenegro, o Primeiro-Ministro que chegou a Paris para acompanhar estas horas cheias de esperanças de pódio.
Nesta manhã nos arredores de Paris, uma das duplas que concentra a ambição portuguesa faz-se à água pouco depois das 11 da manhã locais. João Ribeiro e Messias Baptista são campeões do mundo de K2 500 metros, estatuto que transportam para estas águas. Pode ser uma motivação, pode ser um peso. Não é, certamente, ajuda para a speaker deste estádio náutico, que diz os nomes de ambos de uma forma que, bem, é impercetível.
Fazendo jus à fama que têm como equipa que sempre arranca bem, os dois portugueses partiram agarrando-se logo à frente da meia-final. Mantiveram, durante quase todos os 500 metros, o 3.º lugar, nesta disputa pelos quatro primeiros lugares que permitiam aceder à final. Na parte derradeira da competição, conseguiram, com alguma margem, segurar esse 3.º lugar. Estarão na corrida pelas medalhas.
Não se pense que estas meias-finais são um pró-forma. O nível é muito elevado, a competição apertada, duplas de grande nível, como os húngaros Adam Varga e Balint Kopasz, ficaram de fora.
Na série dos portugueses, os melhores foram os australianos Tom Green e Jean van der Westhuyzen. Os espanhóis Marcus Cooper e Adrián del Rio chegaram a seguir e em 3.º passaram os portugueses.
Ribeiro e Baptista chegaram a Paris com um objetivo, uma missão. Esse plano poderá ser concretizado às 12h20.
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