Omnium, expressão em latim que significa todos à volta de algo. É isso que acontece na família Oliveira: pai, mãe, filhos e tios vibram com a paixão ao ciclismo. É nos dois mais novos, os gémeos Ivo e Rui, que recaem as grandes esperanças. Aos 19 anos, já contam com um currículo da fazer inveja a muitos: ainda nem tinham atingido a maioridade e já faziam história ao serem os primeiros portugueses a conquistarem medalhas internacionais em pista.
É quase sempre no plural que falam. Quando o ciclismo é tema de conversa, são raras as vezes que da boca de Ivo ou Rui sai a palavra “eu”. Estão habituados a que o mundo das bicicletas seja vivido em dupla. “Já nos confundiram milhares de vezes. Até em provas”, contam.
Há um ano, na Grécia, quando disputavam o Campeonato da Europa, chegaram mesmo a ser acusados de trocarem de lugar um com o outro. Os atletas russos dirigiram-se aos comissários e disseram que Rui estava a competir na vez de Ivo, que descansava para poupar as pernas. “Isso não é verdade, nunca aconteceu”, recorda Rui Oliveira em tom divertido. “Nem na escola nem em situações em casa alguma vez trocamos de identidades”, acrescenta.
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