O Comité Olímpico abriu uma nesga, mas fixou regras para expressões de ativismo. Há um movimento a contestar
Jogadoras de várias seleções ajoelhadas contra o racismo, uma atleta no pódio com os braços em X em nome dos oprimidos, uma ginasta a concluir a eliminatória no solo erguendo o punho para evocar o movimento Black Lives Matter e duas ciclistas chinesas exibindo na entrega de medalhas um pin de Mao Tsé-tung (fundador da República Popular da China)... O ativismo olímpico pode não ter sido inaugurado em Tóquio, mas nunca antes se juntaram numa mesma edição dos Jogos Olímpicos (JO) tantas manifestações políticas ou sociais.
A organização não as aplaude. É certo que foi aligeirada a regra 50 da “Carta Olímpica”, que impõe neutralidade aos participantes, mas a manifestação de opiniões continua sujeita a limites: só pode ser feita em entrevistas e conferências de imprensa nas zonas mistas e em redes sociais, nunca no pódio. A discussão sobre o tema aumentou, havendo quem fale em hipocrisia quando o Comité Olímpico Internacional (COI) apela ao ideal apolítico dos JO.
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