De pés bem firmes nos blocos de partida, concentração máxima e com uma pequena corda que as une às suas atletas. Foi em 2019 que se deu o tiro de partida para a prova de Vera Castro, que viu o abrir de uma nova porta na sua vida desportiva: ser guia de uma atleta paralímpica. “Já conhecia a vertente paralímpica, mas nunca tinha interagido com ninguém com algum tipo de deficiência. Tive alguns receios no início, como acho que é normal. Tinha medo de não conseguir acompanhar o ritmo da corrida, de não coordenar a minha passada com a dela, que ela se magoasse por minha causa… havia várias coisas que me passavam pela cabeça e que me preocupavam”, recorda a atleta do Sporting Clube de Braga.
E se a vertente de guia de Vera pode ser vista como uma maratona, a de Francisca Silva assemelha-se mais a uma prova de velocidade. Foi apenas no começo da época 2023/2024 que a oportunidade surgiu, mas conjugar o seu emprego como enfermeira a tempo inteiro com o atletismo nunca foi uma tarefa fácil. “É a minha profissão de sonho, apesar de também sonhar ser atleta profissional, mas a verdade é que é muito difícil no contexto em que vivemos. Não digo, de todo, que é fácil conciliar ambas as coisas, implica uma gestão de tempo ao pormenor”, ressalta a também atleta bracarense.
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