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Jogos Paralímpicos

“Existem pais que ainda escondem os seus filhos com deficiência em casa, com medo”: a missão dos atletas que está para lá das medalhas

“Existem pais que ainda escondem os seus filhos com deficiência em casa, com medo”: a missão dos atletas que está para lá das medalhas

Já instalados na aldeia paralímpica, os 27 atletas que compõem a comitiva portuguesa em Paris preparam-se para o início das provas na quinta-feira. Nunca um grupo de trabalhos de Portugal numa participação nos Jogos foi tão curto, no entanto, será em território francês onde se irá verificar a maior representatividade a nível de modalidades. Após anos de treinos e sem períodos de férias, a pressão aumenta cada vez mais, à medida que o momento de falar de resultados e medalhas se aproxima

“Existem pais que ainda escondem os seus filhos com deficiência em casa, com medo”: a missão dos atletas que está para lá das medalhas

José Cedovim Pinto

Jornalista Multimédia

Ana Catarina Correia tem 33 anos e já pratica boccia desde os 14. Juntamente com os nervos habituais de uma estreia nestes palcos, acresce o facto do forte peso que a própria modalidade acarreta ao nível de bons resultados. “O boccia tem um histórico admirável em Portugal e na seleção, todos nós sabemos disso. Não é que seja um peso, mas é algo que levamos sempre connosco. Por outro lado, também é um grande motivo de orgulho, porque pensamos: bem, se eu consigo estar aqui é porque consigo ter as competências que outros tiveram para conquistar estes feitos”, assume a atleta natural de Espinho.

O segredo está em saber controlar o corpo e a mente. Após isso, só resta jogar. “Sobretudo temos de estar calmos, pensar que estamos a viver um momento importantíssimo e não deixar que isso nos domine. No caso do boccia, tomar boas decisões durante o jogo também é muito importante. Ouvir o que o jogo nos está a dizer, pensar a nível tático, que estratégia adotar, tudo em questão de segundos”, confirma.

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