Sobe e desce como quem chama por outro alguém, olhares fitados numa busca comum, afinal o sol agacha-se no horizonte como tantas outras vezes, mas esta quarta-feira, 28 de julho, não é um dia qualquer. A agitação nas ruas adjacentes à Praça da Concórdia, a chamada Praça da Revolução durante a Revolução Francesa de 1789, que derrubou a monarquia para instaurar a república pela primeira vez em França, denuncia o que está prestes a acontecer. Tony Estanguet, presidente do Comité Organizador, chamou-lhe “revolução paralímpica”.
Burburinho típico de um grande clássico de futebol, os franceses vestiram-se a rigor, pintaram as caras com as cores da bandeira tricolor e, enquanto percorriam os percursos de acesso às bancadas, deixavam ecoar pela multidão o grito de guerra que já os imortalizou: “Allez les Bleus.” Mas nem só de franceses vive Paris por estes dias. As bandeiras das várias latitudes estão presentes na atmosfera poliglota na eterna cidade luz. A cidade abriu as portas ao mundo e o mundo disse presente.
Com calor e sem a chuva que há cerca de um mês teimou em abençoar a abertura dos Jogos Olímpicos, a delegação portuguesa foi a 127.ª das 168 presentes a desfilar desde o Arco do Triunfo, com Diogo Cancela e Margarida Lapa como porta-estandartes. Beatriz Monteiro não se fez de rogada e enquanto desfilava e os speakers anunciavam o nome de Portugal, lá deixou escapar um movimento à CR7 e assim eternizou o momento como se de uma afirmação se tratasse: “Siii.”
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