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Jogos Paralímpicos

Cristina Gonçalves continua a subir “100 degraus de cadeira de rodas” para chegar a casa: a história da campeã paralímpica portuguesa

Cristina Gonçalves continua a subir “100 degraus de cadeira de rodas” para chegar a casa: a história da campeã paralímpica portuguesa
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A atleta de Lisboa chegou a competir na categoria de 100 metros em cadeira de rodas e quando chegou ao boccia perdia tudo o que havia para perder. Fartou-se de ficar em última e arregaçou as mangas. Desde então já passou por Atenas, Pequim, Londres, Rio de Janeiro e Tóquio. Sempre a tratar o melhor que pode a modalidade que tanto lhe deu. Conquistou ouro, prata e bronze. Sempre por equipas. Em Paris seguiu invicta até à final que lhe deu o ouro, vinte anos depois, agora com um sabor especial por ser individual

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Apesar do boccia ser uma modalidade que não é conhecida por ser coletiva, a verdade é que existe uma equipa por trás dos atletas. A comunhão tem de ser total, em uníssono perfeito como se de uma alcateia de lobos se tratasse. Dentro da quadra, é possível observar um segundo elemento que auxilia Cristina Gonçalves, a portuguesa campeã paralímpica em Paris no domingo, em determinados momentos da partida. Um apoio que transcende o campo. “Gosto muito da Mariana. Ela é maravilhosa. Tenho que lhe agradecer muito pela ajuda que ela me dá. É uma pessoa calma, o que me acalma também quando estou mais nervosa. É uma paz de pessoa”, confessa a atleta com um sorriso contagiante a descrever-lhe os lábios.

Mariana Nunes é técnica de vida diária da “loba” que venceu o ouro para Portugal. Contudo, mesmo com seis presenças paralímpicas no currículo, não é desde sempre que de vitórias e medalhas viveu Cristina Gonçalves. “No princípio perdia, perdia e perdia. Ficava sempre muito nervosa com isso tudo. Mas depois com os treinos fui melhorando”, recorda a atleta de 46 anos.

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