Exclusivo

Jogos Paralímpicos

“Quando regressar, a minha vida vai continuar a ser a mesma, apesar da medalha”: um mergulho na história de Diogo Cancela, bronze em Paris

“Quando regressar, a minha vida vai continuar a ser a mesma, apesar da medalha”: um mergulho na história de Diogo Cancela, bronze em Paris
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Um acidente durante a primeira infância privou o nadador português de 22 anos do braço direito. Contudo, foi a tragédia que lhe deixou marcas físicas irreparáveis que ofereceu a Diogo a possibilidade de desbravar as águas da natação adaptada. Em 2024, Diogo Cancela nadou até ao bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris, numa arena que cantava por Portugal em uníssono

É um assunto delicado. Apesar das memórias que detém não serem capazes de o fazer recordar do acontecimento, Diogo Cancela não gosta de falar do assunto. “Não tenho recordações nenhumas de ter os dois braços. Tive um acidente na serralharia do meu avô quando tinha três anos. Mas prefiro não falar disso com mais detalhes. É um tema sensível”, assume o nadador.

Seguiram-se semanas e meses de consultas exaustivas de fisioterapia e de aulas de natação, de forma a criar as condições necessárias para a correção e compensação para o corpo ainda em desenvolvimento do futuro atleta. As viagens eram longas e as consultas e aulas não agradavam ao pequeno Diogo. “Sempre achei a fisioterapia algo chato, então decidimos optar apenas pela natação. Mesmo assim, no início, não gostava. Achava chato por ser uma obrigação. Queria era jogar futebol e andar a correr na rua”, recorda.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tdelfim.estagiario@expresso.impresa.pt