Luís Figueiredo diz que Simone Fragoso garante que “se tomou” algo “foi inadvertidamente”, depois da atleta do powerlifting ter sido impedida de participar nos Jogos Paralímpicos, após um teste de doping positivo, realizado no último sábado, a 31 de agosto.
“Ontem [terça-feira] fomos chamados de urgência, de manhã, juntamente com a atleta, a uma reunião com o Comité Paralímpico Internacional na Aldeia e foi entregue à atleta a informação de que tinha acusado uma substância adversa no seu organismo”, explicou o chefe da missão portuguesa em Paris, sublinhando que a atleta, que já foi paralímpica na natação e voltava aos Jogos aos 42 anos, “irá efetuar a sua defesa” e que o positivo poderá ter origem “nalgum produto que tenha tomado.”
“A atleta assume que, se tomou, foi inadvertidamente, não o fez de propósito”, continuou o responsável, que voltou a realçar, tal como no comunicado inicial do Comité Paralímpico de Portugal, que o organismo “refuta e não concorda em absoluto com a alteração de resultados e obtenção de resultados através de formas menos lícitas”.
Antes, à Lusa, Luís Figueiredo tinha garantido que o positivo de Simone Fragoso era “um caso isolado de doping”, o primeiro “caso de doping da missão portuguesa em Jogos Paralímpicos” e que “naturalmente” a situação “não é agradável”.
O chefe de missão assegurou também que está convicto que o caso “não vai afetar” a comitiva portuguesa. “Em termos emocionais, a missão não está afetada com a situação, conseguimos blindar a missão deste caso, que é um caso isolado”.
Simone Fragaso deixou ainda na terça-feira a Aldeia Paralímpica para regressar a Portugal. De acordo com Luís Figueiredo, em declarações à Lusa, a atleta “está agora suspensa e tem 10 dias para argumentar e apresentar provas que, eventualmente, a possam ilibar” e que o processo terá de ser “gerido pela própria, de acordo com as regras em emanam da WADA”, a agência mundial antidopagem.
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