Todos os anos é igual: entra-se em março e não se fala de outra coisa nos Estados Unidos. O March Madness é uma instituição: 68 equipas de basquetebol universitário de todo o país jogam umas contra as outras durante duas semanas e meia em diversas cidades norte-americanas e vão caindo até se chegar ao campeão. Nas bancadas, alunos de cada universidade e familiares dos jogadores acotovelam-se pelo melhor lugar, num ambiente de verdadeira festa.
Mas este ano não será assim. Um dos maiores e mais importantes eventos do calendário desportivo norte-americano vai jogar-se à porta fechada, com a NCAA, organizadora do torneio e de todo o desporto universitário no país, a tomar a medida drástica de fechar os pavilhões como forma de precaução para conter a propagação do vírus da Covid-19.
O comunicado da NCAA é bem claro: jogos do March Madness só com "o staff essencial e um número limitado de familiares". Esta decisão foi tomada antes da NBA suspender a época, depois do aparecimento de um caso da Covid-19 nos Utah Jazz, pelo que um cancelamento do torneio poderá ser ainda uma hipótese.
Tal como há um ano, os portugueses Neemias Queta e Diogo Brito, jogadores da Universidade de Utah State, jogarão o March Madness, após o triunfo na conferência Mountain West. A Final Four do torneio vai jogar-se no Estádio Mercedes-Benz de Atlanta, com 70 mil lugares que estarão, ao que tudo indica, vazios.
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