Modalidades

Patrícia Mamona: “O atletismo não é um desporto bem remunerado. Eu sou das atletas que está mais confortável, porque tenho patrocínios”

Em entrevista a Francisco Pinto Balsemão, no podcast Deixar o Mundo Melhor, a campeã de triplo salto, Patrícia Mamona, recorda o início do seu percurso no Clube Juventude Operária Monte Abraão, a passagem pelos Estados Unidos, onde estudou durante cinco anos, a importância do seu treinador de longa data José Uva em todos os prémios que ganhou, e fala ainda dos seus planos ambiciosos no atletismo e também a nível pessoal

Filha de pais angolanos, nasceu em Lisboa a 21 de novembro de 1988 e tem uma imensa vontade de ir a Angola conhecer os familiares que lá vivem. Patrícia Mamona ainda não cumpriu este desejo, porque o atletismo de alta competição é incompatível com um mês seguido de férias e, por agora, o encontro com as raízes continua adiado, assim como o projeto de ser mãe.

Não só o clube Juventude Operária Monte Abraão (JOMA) teve um papel decisivo no início da sua carreira, mas também o treinador José Uva, que a convidou para treinar quando a viu derrotar rapazes num corta-mato da escola. Grata pela amizade do "professor", a campeã europeia do triplo salto em 2016 diz que o treinador "é quase como um pai, que a conhece desde pequena e sabe a [sua] personalidade. Damo-nos muito bem, conhece a minha família, eu conheço a família dele. É uma pessoa muito generosa, que sabe conciliar a parte profissional, a parte familiar, a parte emocional".

A mulher que quer "representar o país da melhor forma" nos Jogos Olímpicos de 2024 diz que "regra geral, o atletismo é um desporto que não é bem remunerado", apesar de em Portugal existirem grandes atletas de alta competição e nomes como os de Rosa Mota, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Naide Gomes, Francis Obikwelu e tantos outros, que muitas medalhas e "visibilidade" trouxeram para Portugal.

Francisco Pinto Balsemão lança o podcast ‘Deixar o Mundo Melhor’ para assinalar o início das comemorações dos 50 anos do Expresso. Durante 50 semanas, e em contagem decrescente para o dia de aniversário a 6 de janeiro de 2023, o fundador e primeiro diretor do jornal entrevista 50 personalidades marcantes dos mais diversos setores da sociedade.

Com música original de Luís Tinoco, a sonoplastia é de Joana Beleza e João Luís Amorim, o vídeo e a edição de José Cedovim Pinto, Carlos Paes e Rúben Tiago Pereira. A transcrição é de Joana Henriques e o apoio à edição de Manuela Goucha Soares. Imagem gráfica de Marco Grieco e produção de Margarida Gil.

‘Deixar o Mundo Melhor’ pode ser ouvido no site do Expresso e em qualquer plataforma de podcasts. Também pode ler uma versão sintética desta conversa na revista do Expresso de 8 de julho. Oiça aqui os outros episódios:

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: piquete@expresso.impresa.pt