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A inesperada prata de Diogo Ribeiro e aquilo que não se pode exigir ao jovem: “Não tem obrigação alguma de ganhar medalhas em Paris”

A inesperada prata de Diogo Ribeiro e aquilo que não se pode exigir ao jovem: “Não tem obrigação alguma de ganhar medalhas em Paris”
PHILIP FONG/Getty

Aos 18 anos, o nadador português garantiu uma medalha histórica para Portugal em Mundiais, mas isso não mudará o plano para os Jogos Olímpicos do próximo ano. Nuno Albuquerque, treinador e comentador da modalidade, lembra que os 50 mariposa não são distância olímpica e que nos 100 livres e 100 mariposa o atleta de Coimbra é, para já, “fortíssimo candidato a meias-finais” neste Mundial. Mais que isso não se pode exigir

O cronómetro detém-se quando marca 22.80 segundos e a história da natação portuguesa também. A medalha de prata de Diogo Ribeiro, a primeira da nossa história em Mundiais de piscina longa, ribombou em Portugal quando em Fukuoka, no Japão, já anoitecia e por cá nos preparávamos para almoçar.

Há um ano que a generalidade dos portugueses começou a ouvir falar de um miúdo de Coimbra, então com apenas 17 anos, aparentemente prodigioso nas piscinas onde os resultados de Portugal tendiam a estar longe da elite da natação. Nos Europeus de Roma, Diogo Ribeiro foi 3.º nos 50 mariposa. Semanas depois chegava ao aeroporto de Lisboa carregado com três medalhas de ouro ao peito, conquistadas nos Mundiais júnior de Lima, no Peru, com direito a recorde mundial do escalão nos 50 mariposa.

Ainda assim, ver Diogo Ribeiro tocar a parede com o segundo tempo nos 50 mariposa era algo que ainda não estava das contas de ninguém. Em Fukuoka, o atleta do Benfica, que treina no Centro de Alto Rendimento do Jamor, está a ter a sua primeira experiência enquanto sénior numa competição a nível internacional. As medalhas ainda não estariam no horizonte, apesar de Diogo chegar ao Japão com o 8.º melhor tempo nesta distância.

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