Aí está mais um título mundial para Fernando Pimenta. Pela 3.ª vez, o limiano é ouro no K1 1000, repetindo os triunfos de 2018 e 2021 na distância. Desta vez, em Duisburgo, na Alemanha, o português liderou praticamente desde os 250 metros, numa prova muito estável, em que não mostrou fraquezas.
A competir na pista quatro, Pimenta terminou uma prova que foi bastante rápida em 3.27,712, conseguindo sempre controlar o ataque do húngaro Adam Varga, prata. O alemão Jakob Thordsen foi bronze.
Além do título, Pimenta garantiu também mais uma vaga para Portugal no apuramento olímpico, para os Jogos de Paris, daqui a um ano. Salvo algum azar, essa vaga será ocupada por Pimenta, a quarta presença olímpica do atleta do Benfica, que na capital francesa tem hipótese de se tornar no primeiro atleta português a vencer três medalhas em Jogos, depois da prata no K2 1000, com Emanuel Silva, em Londres 2012, e do bronze neste mesmo K1 1000 em Tóquio.
Esta é ainda a 16.ª medalha em Mundiais de canoagem para o atleta de 34 anos, ele que já tinha sido bronze no K1 500.
“Louco, é um sonho, num época que tem sido de muitos altos e baixos. Lesionei-me, fiquei doente com um vírus depois da Taça do Mundo, o que me meteu um pouco para baixo, depois nos Jogos Europeus apanhei covid-19, outra vez para baixo”, refletiu o canoísta logo após a vitória, sublinhando depois que nas últimas “quatro semanas” colocou “muita energia no corpo e na mente” para chegar a Duisburgo numa das suas “melhores formas” de sempre.
“Estou muito feliz, é o meu 3.º título no K1 1000, acho que só três atletas têm três títulos nesta distância e quero agradecer ao meu treinador, à minha mulher e aos meus bebés”.
Kevin Santos em 4.º no K1 200 e Portela em Paris
Minutos antes do título de Fernando Pimenta, Kevin Santos havia ficado à porta das medalhas no K1 200 masculino, a distância mais rápida do calendário de provas dos Mundiais e em que foi campeão europeu em 2022. A vitória foi para o lituano Arturas Seja, a prata para Badri Kavelashvili, da Geórgia, e o bronze para o espanhol Carlos Garrote.
Já no K1 500 feminino, Teresa Portela foi 8.ª classificada, mas com hipóteses de ter garantido desde já o bilhete para Paris 2024, já que atletas que se classificaram à frente da portuguesa já estavam qualificadas para os Jogos Olímpicos em outras tripulações.
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