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As ondas que se cuidem, Luana Dourado e os seus 15 anos de Vila do Conde já lá andam a ganhar a campeãs do bodyboard

As ondas que se cuidem, Luana Dourado e os seus 15 anos de Vila do Conde já lá andam a ganhar a campeãs do bodyboard
Bárbara Simões Nunes
Por brincadeira, inscreveu-se numa ATL de verão com um primo, conheceu o bodyboard quando era mais nova e o gosto pegou-lhe. Luana Dourado ainda é, de facto, muito nova, mas é a vice-campeã mundial júnior, ficou às portas do top 10 do ranking sénior internacional e, este mês, ganhou a sua primeira etapa do circuito nacional. Joana Schenker, única portuguesa a ser campeã do mundo, gaba-lhe “o espírito competitivo, a garra e a inteligência” fora do comum em “alguém com a idade dela”. Mas, para Luana, tudo ainda é tão simples: “Não sei, tipo, eu vou para lá fazer o que gosto, sentir a sensação de apanhar uma onda.”

À primeira vista, ela passa por uma mera recém-adolescente, na flor da idade da inocência. Luana Dourado sorri sem freios, mostra o aparelho que tem nos dentes. Ouvi-la recheia um pouco mais a tese: a voz é jovial, fala com a leveza das perceções simples, constata as coisas pelo que elas são, sem extrapolar. Mas, dentro do mar, revela o lado bem menos comum dos seus 15 anos. “Não se vê muitas vezes alguém com a idade dela, tão nova, já ter tanta bagagem de competição e vontade de ganhar”, explica quem, fruto da experiência, sabe realmente o que diz, a par de já o ter sentido bem de perto na lavandaria das ondas.

Joana Schenker leva muitos anos nos píncaros do bodyboard. Em 2019, tornou-se a primeira portuguesa, mulher ou homem, a ser campeã mundial, sendo antes e depois residente frequente do top 10 do ranking e mais do que habituada a ser das melhores, partilhando água salgada com as melhores.

Em agosto, quando o circuito internacional visitou as Maldivas na mais recente etapa, a algarvia experimentou de perto a “grande competidora” que já reconhece em Luana Dourado: foi eliminada, ela e Teresa Padrela, a campeã nacional, pela adolescente que acabaria no 5.º lugar, o melhor resultado entre as portuguesas em competição.

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