O mercado imobiliário de Oslo desafiou José Cabeça. “Estava complicado arranjar apartamento para alugar aqui.” Resolvida a questão, neste momento tem albergue até ao final do ano. Em novembro, quando chegou, o tempo não estava “lá grande charuto”. “Só começou a nevar a sério em janeiro”, regozija-se ao ver os interesses pessoais satisfeitos.
A prática de esqui de fundo enviesa o juízo que faz das condições climatéricas. José Cabeça treina em Holmenkollen, o “paraíso” da modalidade. “Estamos a falar de uma infraestrutura de muitos milhões de euros” que recebe Campeonatos e Taças do Mundo, incomparável com o que existe em Portugal. É naquele local que José Cabeça encontra “tudo o que é necessário”, desde oficina de preparação dos esquis até ao laboratório onde se realizam testes de VO2 máximo, um exame à resistência dos atletas.
“O meu objetivo nunca foi ser o melhor português a esquiar. Eu quero ser um dos melhores do mundo a esquiar e isso é um bocadinho mais difícil do que ser o melhor português”, carimba o eborense de 28 anos treinado por dois noruegueses, Arild Tveiten – que ajudou Kristian Blummenfelt a sagrar-se campeão olímpico de triatlo, em Tóquio – e Ragnar Bragvin Andresen. Assim sendo, neste momento, tem um objetivo em mente: os Jogos Olímpicos de Inverno 2026.
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