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O quarteto português foi logo parar à final dos Mundiais e sabe que há um alvo na sua canoa: “Temos mais olhos postos em nós”

O quarteto português foi logo parar à final dos Mundiais e sabe que há um alvo na sua canoa: “Temos mais olhos postos em nós”

Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha, os mais novos entre os quatro canoístas portugueses que passaram, com distinção, à final dos 500 metros em K4 nos Mundiais, admitem que têm uma responsabilidade maior ao serem uma das embarcações favoritas à conquista de medalhas

Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha assumiram que roçaram a perfeição no apuramento direto para a final do K4 500 metros dos Mundiais de Milão, numa tripulação que também inclui João Ribeiro e Messias Baptista.

“Sim, foi uma regata bastante bem conseguida. Cumprimos o objetivo que nos tínhamos proposto, passar direitos à final. Executámos quase a prova que tínhamos idealizado. É o fruto do trabalho do dia a dia, ao longo da época, juntos como equipa e fomos felizes na água, por agora”, resumiu Gustavo Gonçalves, em declarações à Lusa.

Na lateral pista dois, mais complicada para controlar os adversários, os campeões da Europa largaram bem e lideraram sempre, chegando à meta em 1.21,34 minutos, superando a vice-campeã Europeia República Checa, por 1,10 segundos, e a finalista olímpica da Nova Zelândia, por dois.

Com o acesso direto ao evento das medalhas, na sexta-feira, Portugal garantiu uma das três pistas centrais, que permite maior contextualização ao longo da regata num evento “sempre muito difícil de controlar”.

Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha estreiam-se em Mundiais absolutos, depois do título europeu em K4 500 metros, na República Checa, com esta tripulação, e do ouro mundial sub-23 em K2 500, juntos em Montemor-o-Velho, pelo que o desempenho de hoje ajuda a encaminhar os amigos para uma época memorável.

“Temos trabalhado para isso. Vamos continuar focados, com os pés na terra. Há barcos muito difíceis, mas nós também sabemos o nosso valor. Agora é descansar, para sexta-feira apresentarmos da melhor maneira possível, enquanto equipa, na água”, concluiu o voga, o elemento que segue na primeira posição no barco.

Já Pedro Casinha destacou a “excelente forma” em que o quarteto se encontra, com o estreante em Mundiais absolutos a admitir “algum nervosismo especial, até pelo estatuto de campeões da Europa”.

“Isso é uma responsabilidade maior, temos mais olhos postos em nós, mas é manter o foco no nosso trabalho, naquilo que conseguimos fazer e certamente que vai correr bem”, desdramatizou.

Tal como Gustavo, Casinha não se compromete com promessas de pódio na final, apenas reforça o compromisso do “foco no trabalho, descanso e recuperação”, confiante de que “correrá bem” se a equipa fizer o que está ao seu alcance. “Estamos muito bem preparados”, garantiu o representante da formação treinada pelo técnico nacional Rui Fernandes.

Os Mundiais de Milão reúnem cerca de 800 canoístas em representação de 73 países.

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