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Luto no xadrez mundial: Daniel Naroditsky morre aos 29 anos

Luto no xadrez mundial: Daniel Naroditsky morre aos 29 anos
San Francisco Chronicle/Hearst N

Daniel Naroditsky era visto como o símbolo de uma era em que o xadrez renasceu na Internet — um mestre que ensinou milhões a jogar e que partiu cedo demais para um tabuleiro que ainda o aplaudia de pé

O norte-americano Daniel Naroditsky, considerado uma das figuras mais influentes do xadrez online, morreu aos 29 anos. Tanto o jornal “The Guardian” como a CNN destacam o impacto do jovem grande mestre, que se tornou uma das figuras mais queridas e influentes da nova geração do xadrez online. A morte inesperada foi divulgado pelo Charlotte Chess Center, clube onde atuava como treinador e educador. A causa não foi revelada pela família, que pediu privacidade neste momento de luto, segundo a BBC.

Segundo o “The Guardian”, Naroditsky — conhecido entre os fãs como “Danya” — era admirado pela combinação rara entre talento de elite e capacidade de ensinar de forma simples e envolvente. O jornal britânico recorda que, além de grande mestre desde os 18 anos, era um dos rostos mais seguidos do xadrez digital, com mais de 800 mil seguidores entre o YouTube e o Twitch. Hikaru Nakamura, um dos maiores nomes mundiais, disse que o colega “amava ensinar e transmitia o jogo com generosidade e humor”. Figuras como Garry Kasparov e Viswanathan Anand também prestaram homenagem ao jovem jogador de xadrez.

A CNN sublinha que Naroditsky aprendeu a jogar aos seis anos, venceu o campeonato mundial de sub-12 em 2007 e tornou-se um dos mais jovens autores de livros de xadrez, publicando o primeiro aos 14 anos. Licenciado em História pela Universidade de Stanford, foi colunista do The New York Times e treinador principal do Charlotte Chess Center, que anunciou a sua morte esta segunda-feira, sem revelar a causa.

Ambos os meios referem que o torneio norte-americano de xadrez, atualmente a decorrer em St. Louis, começou com um minuto de silêncio em sua memória. A Federação Internacional de Xadrez classificou a sua morte como “uma perda devastadora”.

O jornal “The Guardian” dá especial destaque à dimensão humana do jogador, citando colegas e amigos que o descrevem como “gentil, paciente e inspirador”, enquanto a CNN realça o seu papel em tornar o xadrez mais acessível a uma nova geração, através do ensino online e da comunicação descontraída

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