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Agora sim, a confirmação: Miguel Oliveira deixa MotoGP e junta-se à BMW no Mundial de Superbikes

Agora sim, a confirmação: Miguel Oliveira deixa MotoGP e junta-se à BMW no Mundial de Superbikes
Gold & Goose Photography

Português de 30 anos vai mudar de vida e de campeonato: depois de sete anos no MotoGP, segue-se um lugar na equipa de fábrica da BMW no Mundial de Superbikes

Não era um segredo, nem sequer mal guardado. A saída de Miguel Oliveira do MotoGP parecia uma evidência, depois de ter ficado sem lugar na Pramac de motor Yamaha. Logo aí, o piloto português confirmou uma abordagem da equipa de fábrica da BMW para competir no Mundial de Superbikes e a inclinação para mudar de vida, depois de sete anos na categoria máxima. A oficialização chegou na manhã desta terça-feira.

Sem divulgar a duração do contrato, a equipa do fabricante alemão anunciou o português, que fará parelha com Danilo Petrucci, outro ex-MotoGP. O Mundial de Superbikes tem sido o refúgio de muitos dos pilotos sem lugar no principal campeonato das duas rodas e a chegada de Miguel Oliveira é olhada com expectativa, até porque vai competir na equipa campeã em título no campeonato de pilotos e que lidera a tabela também este ano. Curiosamente, Oliveira vai correr na equipa de Toprak Razgatlıoğlu, o turco duas vezes campeão mundial nas Superbikes (em 2021 e 2024), que na próxima temporada será piloto da Pramac. Uma espécie de troca por troca. 

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Shaun Muir, chefe de equipa da ROKiT BMW Motorrad, sublinha que o aterrar de Miguel Oliveira nas Superbikes é um dos “mais antecipados dos últimos anos”, que a equipa acredita na “personalidade, temperamento e habilidades” do português e que Miguel vai continuar “o excelente trabalho do Toprak nas duas últimas temporadas”. 

Já o almadense aponta que chegar à família da BMW é “um passo entusiasmante” na sua carreira, depois de várias temporadas desapontantes no MotoGP, nomeadamente depois da saída da KTM. “Vou fazer parte de um projeto que não é só ambicioso e competitivo como também terá um impacto significativo no Mundial e na indústria do motociclismo”, sublinhou. Ao contrário do MotoGP, que usa protótipos que não se podem ver na estrada, as Superbikes usam modelos de série, adaptados depois à competição. 

Até lá, Miguel Oliveira vai terminar o ano no MotoGP, numa temporada que tem sido marcada por quedas, lesões, azares e pela falta de competitividade da Yamaha da Pramac, equipa que é última no Mundial de construtores. Oliveira é 21.º na tabela dos pilotos, tendo conseguido pontuar nos últimos quatro grandes prémios. No próximo ano, os adeptos portugueses terão duas oportunidades de ver o piloto de 30 anos em ação: o Mundial de Superbikes passará pelo Autódromo do Algarve no último fim de semana de março e no Estoril mais tarde, entre 9 e 11 de outubro, na penúltima etapa do ano.  

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