Raio X às 32 seleções

Raio X: Irão, a seleção de um velho conhecido

Carlos Queiroz, ex-selecionador português, é o líder da seleção do Irão desde 2011
Carlos Queiroz, ex-selecionador português, é o líder da seleção do Irão desde 2011
YURI KADOBNOV/GETTY
A Tribuna Expresso apresenta as 32 seleções presentes no Mundial 2018, uma por uma. Eis o Irão, que partilha o Grupo B com Espanha, Marrocos e Portugal

Tiago Teixeira, analista de futebol

Ranking FIFA: 37º
Presenças em Mundiais: 5 (1978, 1998, 2006, 2014 e 2018)
Jogos no Mundial 2018: Marrocos (15 junho, 16h, SportTV); Espanha (20 junho, 19h, SportTV); Portugal (25 junho, 19h, SportTV)

A seleção iraniana, comandada pelo português Carlos Queiroz, chega ao Mundial da Rússia depois de ter terminado como líder todas as fases de qualificação que enfrentou.

Com base no sistema de jogo 4-3-3, a sua maior força é a organização defensiva. À imagem do que sucedeu há quatro anos no Mundial do Brasil, a seleção de Carlos Queiroz continua competente no momento defensivo, apresentando sempre um bloco muito compacto de modo a não permitir muito espaço entre setores e basculando muitos jogadores para a zona da bola, tentando defender apenas em dois corredores.

Neste momento o sistema de jogo transforma-se mais num 4-5-1, uma vez que os dois extremos (Jahanbakhsh, do AZ Alkmaar, e Taremi, do Al Gharafa) baixam para juntos dos médios, formando uma linha de cinco.

As maiores dificuldades no momento defensivo dizem respeito ao controlo da profundidade por parte da linha defensiva, mas, tendo em conta o grupo onde estão inseridos, não é de prever que a estratégia de Carlos Queiroz passe por apresentar um bloco defensivo muito alto, pelo que esta debilidade defensiva não será tão visível.

Ofensivamente, será através das transições ofensivas que a seleção iraniana poderá criar mais perigo. Falta qualidade técnica nos jogadores do setor mais recuado para construir de forma apoiada e em segurança, pelo que os ataques mais rápidos e os cruzamentos para Azmoun serão as principais armas ofensivas.

Onze provável

Jogador chave

Sardar Azmoun, internacional iraniano
Simon Hofmann - FIFA

Sardar Azmoun, 23 anos, avançado do Rubin Kazan, forte fisicamente mas tem muita mobilidade e muita qualidade técnica. Além do que oferece em zonas de finalização, será também importante para segurar a bola de costas para a baliza, de modo a dar tempo aos colegas de se aproximarem.

Jogador a seguir

Alireza Jahanbakhsh, internacional iraniano
Sergei Bobylev/Getty

Alireza Jahanbakhsh, 24 anos, extremo do AZ Alkmaar que se destaca pela velocidade e verticalidade que consegue oferecer no corredor lateral e pela capacidade finalizadora.

Convocados

Guarda-redes: Alireza Beiranvand (Persepolis), Rashid Mazaheri (Zob Ahan), Amir Abedzadeh (Marítimo/Por).

Defesas: Majid Hosseini (Esteghlal), Milad Mohammadi (Akhmat Grozny/Rus), Mohammad Khanzadeh (Padideh), Morteza Pouraliganji (Alsaad/Qat), Pejman Montazeri (Esteghlal), Ramin Rezaeian (Ostende/Bel), Roozbeh Cheshmi (Esteghlal).

Médios: Ehsan Hajsafi (Olympiacos/Gre), Karim Ansarifard (Olympiacos/Gre), Massoud Shojaei (AEK Atenas/Gre), Mahdi Torabi (Saipa), Omid Ebrahimi (Esteghlal), Said Ezatolahi (Amkar Perm/Rus).

- Avançados: Alireza Jahanbakhsh (AZ Alkmaar/Hol), Ashkan Dejaghar (Nottingham Forest/Ing), Mahdi Taremi (Al-Gharafa/Qat), Reza Ghoochannejhad (Heerenveen/Hol), Saman Ghoddos (Ostersunds/Sue), Sardar Azmoun (Rubin Kazan/Rus), Vahid Amiri (Persepolis).

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