O analista e comentador Tomás da Cunha ressalta a mudança de paradigma na seleção nacional, que partiu de Fernando Santos e que, frente à Suíça, “valeu a obra-prima de uma geração”. Com a decisão de deixar Cristiano Ronaldo no banco, ficou também provado que Portugal precisava realmente de um ponta-de-lança para pressionar, condicionar a linha defensiva com movimentos de rutura e dar outra presença na área
Criou-se, nos últimos anos, a ideia de que a selecção portuguesa estava condenada a um registo resultadista, onde o nível de jogo não interessa absolutamente nada. Isto vem após o sucesso no Euro 2016, que fez acreditar que daria para ganhar mais vezes sem praticar um futebol diferente. Há mais talento agora. Individualmente, o elenco às ordens de Fernando Santos não deve nada a praticamente nenhum adversário. Chegamos a 2022 com tempo perdido, mas ainda a tempo de pensar diferente. Essa mudança partiu do treinador, figura essencial na demonstração de que dá para ganhar e brilhar. Ou melhor: quando assim é, a vitória fica sempre mais perto.
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