Exclusivo

Mundial 2022

Meio ano depois e há migrantes que ainda não foram pagos pelo trabalho no Mundial do Catar. Centenas nunca vão receber o que lhes é devido

Meio ano depois e há migrantes que ainda não foram pagos pelo trabalho no Mundial do Catar. Centenas nunca vão receber o que lhes é devido
Amnistia Internacional

O Mundial do Catar foi há seis meses, mas há trabalhadores que ainda não receberam o dinheiro que lhes é devido. No entanto, foi-lhes enviado um bilhete de avião para abandonar o país. E, segundo a lei do Catar, ao saírem, perdem o direito aos pagamentos

Marcus pediu um empréstimo para sair do Gana em direção ao Catar. Prometeram-lhe trabalho, um salário bem mais robusto do que aquele que tinha e todas as despesas pagas para servir como segurança no Mundial. Aceitou e, ainda antes de começar a trabalhar, pagou 400 dólares em “custos de recrutamento”. Richard despediu-se para aproveitar a mesma oportunidade. A oferta pareceu-lhes bem melhor do que a vida que viviam. Foi há meio ano que a bola rolou pela última vez, que a seleção argentina se fez campeã do mundo e que os contratos de Marcus e Richard terminaram. A Argentina levou as medalhas e a taça conquistadas, os dois imigrantes ainda esperam receber o dinheiro prometido.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: mpgoncalves@expresso.impresa.pt