Mundial de 2030: ideia bizarra, torneio inédito

A FIFA deu o passo mais atrevido da sua história, desvirtuando a beleza de um torneio num território e inventando um Campeonato do Mundo em seis países e três continentes. Portugal, Espanha e Marrocos vão organizar o Mundial 2030, o cerne da prova é seu, mas os três primeiros jogos serão disputados na Argentina, Paraguai e Uruguai, o país onde tudo começou, em 1930. O debute deste torneio bizarro será exatamente no Estádio Centenário, em Montevideu, o palco que recebeu a final entre uruguaios e argentinos há 100 anos.

Apenas Alvalade, Dragão e Luz poderão receber alguns dos 104 jogos, que são mais 40 do que no Catar 2022. A prova deverá estender ainda mais o calendário desportivo, sendo jogada entre 38 e 40 dias. E não se tratou de mesclar duas candidaturas, mas, sabe o Expresso, sim de privilegiar a proposta ibérica e marroquina, fortemente apoiada na Europa, com a sua anuência para a pequena cedência: os três primeiros jogos serem nos países sul-americanos, que se tinham unido numa candidatura. Com a também desistência da Arábia Saudita em fixar o olhar em 2030, as suspeitas de que o caminho estaria aberto para 2034 parecem mais fortes do que nunca. A seguir ao anúncio da FIFA, o país do Médio Oriente oficializou a sua intenção de concorrer à organização do Campeonato do Mundo de 2034, minutos após a entidade revelar ao mundo a decisão para o torneio de 2030 — e convidar países da Oceânia e Ásia a candidatarem-se à edição seguinte.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.