Mundial Feminino 2023

Francisco Neto: “Vamos tentar ao máximo dar um passo em frente neste Mundial. Temos as nossas armas, a nossa ambição e o nosso coração”

Francisco Neto: “Vamos tentar ao máximo dar um passo em frente neste Mundial. Temos as nossas armas, a nossa ambição e o nosso coração”
Buda Mendes - FIFA/Getty

Na conferência de imprensa de antevisão da estreia de Portugal no Mundial, contra os Países Baixos (domingo, 8h30, RTP 1/Sport TV), o selecionador alertou para um “jogo em que o nível vai subir” e em que a equipa terá de “subir com ele”. Quanto ao adversário, com novo treinador face ao confronto do Europeu passado, Neto acha que é uma equipa mais forte, “dominadora”, e que se “sente confortável com bola”, mas quer que Portugal mantenha “a dinâmica” e os “princípios”, jogando com linha de quatro ou de cinco

Montanha difícil de escalar

“É, sem dúvida, uma montanha muito difícil, se calhar a mais difícil da fase de grupos, já que temos a campeã e a vice-campeã do mundo no grupo. Dotámos as nossas jogadoras das melhores cordas e das melhores ferramentas para conseguirem trepar. Mas somos uma equipa mais experiente e madura do que há um ano. Será mais um jogo em que o nível vai subir e nós temos de subir com ele”

O que mudou nos Países Baixos desde o Europeu?

“Os Países Baixos são uma equipa diferente, achamos que melhor, particularmente com bola. Mudaram de treinador [desde o Europeu, em que bateram Portugal por 3-2], com uma estrutura tática diferente. São uma equipa dominadora, que se sente confortável com bola, e com uma reação à perda muito forte”

Países Baixos com linha de três pode levar a que Portugal passe a linha de cinco

“Queremos manter a nossa dinâmica, os nossos princípios, independentemente da estrutura que usarmos. Queremos ser Portugal e é por aí que vamos ter de nos focar. Mas sabemos que os Países Baixos têm uma dinâmica diferente, com muito mais variação entre jogo curto e jogo longo, com boa dinâmica interior mas estimulando o jogo por fora. Mas também podem mudar, porque com um mês para trabalhar antes do Mundial podem-se apresentar novas coisas. Iremos fazer os ajustes necessários para que as jogadoras se sintam confortáveis, mas a estrutura tática não está definida. É importante esta indecisão, da mesma maneira que também estou indeciso sobre como os Países Baixos se apresentarão: já jogaram com linha de cinco e quatro, e com bola, muitas vezes, com linha de três”

Expansão do Mundial a 32 equipas

“É muito importante para nós, abriu as portas a muitas outras seleções. Especialmente para nós, que vimos de uma Confederação forte e nos deu uma hipótese através do play-off intercontinental"

Estado físico das jogadoras

“Tivemos alguns problemas físicos com as jogadoras durante esta preparação, mas quando são preparações longas já sabemos que isso faz parte. Foi, também, por isso que trouxemos duas jogadoras a mais [Maria Alagoa e Alícia Correia]. Nos dois treinos anteriores ao jogo tivemos as 23 disponíveis, cabe-nos a nós, enquanto equipa técnica, decidir o que será melhor estrategicamente. Temos uma boa ideia, uma boa base, mas nunca está fechado: há sempre mais um treino, mais uma noite. O que queremos é ter 23 jogadoras preparadas, com a nossa ideia de jogo, sabendo o que queremos estrategicamente. Todas elas nos dão coisas diferentes para o encontro”

Portugal não é favorito, mas já houve surpresas no Mundial

“É bom estar cá. É bom participar, mas será melhor competir. Mesmo partindo abaixo do ranking, não temos deixado de cumprir objetivos. Nas fases finais, tem sido duro, temos crescido, mas ainda não tivemos os resultados que gostaríamos de ter. Vamos tentar ao máximo dar um passo em frente neste Mundial. Temos as nossas armas, a nossa ambição e o nosso coração. É isso que temos de meter dentro de campo”

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