Huynh Nhu, que na quinta-feira defronta Portugal no segundo jogo do Grupo E do Mundial, tem apenas 1,57 metros e pouco mais de 50 kg, mas é enorme o peso que ganhou dentro da seleção e do próprio país, onde é considerada uma das 10 pessoas mais influentes do Vietname.
Quando há quase um ano chegou a Braga para se apresentar ao serviço do Lank Vilaverdense, ninguém diria que a avançada, que mal sabia falar inglês, quanto mais português, fosse capaz de adaptar-se tão bem às gentes, aos costumes e, mais importante, ao futebol português. Mas fê-lo “com facilidade”, garantem colegas de equipa que falaram com a Tribuna Expresso, sobretudo devido à sua “humildade e vontade de aprender”, acentua Duarte Pacheco, treinador do Vilaverdense na época passada.
“A comunicação era muito limitada, falava mesmo muito pouco de inglês e tivemos de criar alguns mecanismos dentro de campo para ela perceber as coisas”, revela Claudia Machado, colega e capitã de equipa. Palavras ou frases curtas como “jogadora”, “podes virar”, “tens aqui”, “vai bola”, ajudaram a vietnamita a integrar-se nos treinos, mas Claudia não esconde que quando a viram pela primeira vez pensaram que a avançada “tinha algumas desvantagens” por ser “muito pequenina e muito magrinha”.
O que faltava em altura e peso era compensado em “técnica e inteligência”. “Ela movimenta-se muito bem”, assegura Claudia, e possui talvez uma das melhores características de um avançado: “Tem faro para golo”.
A sua simpatia, vontade de integração, o gosto por cantar e dançar, cativaram toda equipa do Vilaverdense, que passou a fazer parte das redes sociais da futebolista vietnamita.
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