Mundial Feminino 2023

Esta seleção emociona-me com o seu jogo, união e companheirismo. Merece que Portugal não se esqueça do que fizeram

Esta seleção emociona-me com o seu jogo, união e companheirismo. Merece que Portugal não se esqueça do que fizeram

Edite Fernandes

Antiga internacional de futebol

A antiga internacional e capitã da seleção nacional, Edite Fernandes, escreve sobre o jogo frente aos EUA, que levou à despedida da seleção portuguesa do seu primeiro Mundial. E garante que a partir de agora, já nada será igual

A Seleção sai do Campeonato do Mundo de forma injusta.

Para uma estreia, Portugal atingiu um dos principais objetivos, chegar ao último jogo a disputar os oitavos de final com a bicampeã do mundo. Acabou por fazê-lo de modo brilhante, faltou um bocado de sorte quando, ao minuto 90, a Ana Capeta rematou ao poste.

Teria sido um momento épico para o futebol português e talvez o maior escândalo do Campeonato do Mundo, eliminar a poderosa seleção norte-americana. Foi um jogo vivido com muita emoção da minha parte, aquele minuto 90 foi como suster a respiração e pôr as mãos na cabeça.

Acho que ninguém acreditava naquilo que a seleção fez na terça-feira, só mesmo quem sabe o quanto elas trabalham e sentem cada momento que representam Portugal.

Sinto-me extremamente orgulhosa por tudo o que as navegadoras fizeram, foram extraordinárias e merecem que o país não se esqueça daquilo que fizeram para chegarem até ali e depois presentear-nos com qualidade e competência num Mundial, onde o grau de exigência é de alto nível.

É uma seleção que me emociona com o seu jogo, com a sua união, com a sua solidariedade e companheirismo, são um exemplo para todos nós.

A partir de hoje já nada será igual e foi a prova de que podemos competir de olhos nos olhos contra qualquer uma seleção do mundo.

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