A Espanha apurou-se pela primeira vez para a final de um Campeonato do Mundo feminino de futebol, ao vencer por 2-1 a Suécia, em jogo das meias-finais, em Auckland.
Os golos da partida chegaram na parte final, com Salma Paralluelo a adiantar as espanholas, aos 81 minutos, mas Rebecka Blomqvist empatou para as nórdicas, aos 88', antes de Olga Carmona garantir o triunfo da Roja, aos 89'.
A Espanha, que nunca tinha sequer passado dos oitavos de final de um Mundial, atinge a decisão da competição pela primeira vez na história, enquanto a Suécia, vice-campeã em 2003, vai agora lutar pelo terceiro posto, que alcançou em 1991, 2011 e 2019.
A seleção superou seis jogos após chegar ao torneio envolta em dúvidas, incertezas e um clima de tensão: o ano passado, 15 futebolistas renunciaram à equipa nacional em protesto contra os métodos e o clima de trabalho fomentados por Jorge Vilda, o selecionador. Somente três regressaram (incluindo Aitana Bonmatí, uma das suas craques).
Bombardeadas por jornalistas, com frequência, por questões que sondam o ambiente vivido na seleção neste Mundial devido a esses problemas - falou-se até em certas antipatias entre jogadoras devido às demonstrações públicas, ou não, de solidariedade para com as companheiras -, a vitória nos quartos de final, diante dos Países Baixos, fomentaram ainda mais essas perguntas.
Ainda no relvado e após o jogo, imagens de Jorge Vilda a celebrar sozinho enquanto as futebolistas se abraçavam e partilhavam celebrações tornaram-se mais um tema desse falatório. Com maior ou menor comunhão entre jogadoras e treinador, a mira comum no objetivo de conquistar o Mundial continua a levar o grupo mais longe.
Na final do Mundial, marcada para domingo, a Espanha vai defrontar Austrália ou Inglaterra, que na quarta-feira disputam a outra meia-final.
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