“Isto é um embaraço mundial.” Vista a frase à distância, o selecionador Jorge Vilda tinha razão. Há quase um ano, 15 futebolistas enviaram individualmente o mesmo e-mail à Federação Espanhola de Futebol (FEF) após esta passar aos jornais que elas tinham exigido a destituição do treinador e renunciado à seleção, negando as insinuações e assumindo a guerra diante de toda a gente. “Alguém pensa que, a oito meses do Mundial, um grupo de JOGADORAS DE MÁXIMO NÍVEL, como nos consideramos ser, tomaria esta decisão como um capricho ou uma chantagem, como se deu a entender publicamente?”, lia-se na carta em que “não toleravam” o “tom infantil” da FEF.
Felizarda por ter visto nascer nas suas terras algumas das atuais melhores jogadoras do mundo, a Espanha imergia no limbo de ter a federação a defender um treinador a quem essas mulheres criticavam os métodos de trabalho e o ambiente que fomentara na seleção — e que “nunca” considerou abandonar o cargo após conversar com cada uma de ‘Las 15’, alcunha que lhes colaram. De repente, gente como Mapi León, Patricia Guijarro ou Aitana Bonmatí, do Barcelona, vencedor da Liga dos Campeões, Ona Batlle, do Manchester United, ou a avançada Jenni Hermoso (não signatária da carta mas apoiante da causa), do Pachuca do México, deixava de contar.
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