O relógio parou aos 51.30 segundos e Diogo Ribeiro não só garantiu a sua segunda final nos Mundiais de Doha como bateu com folga o recorde nacional dos 100 mariposa, que estava nos 51.45 - e que já lhe pertencia.
O atleta português, campeão mundial dos 50 mariposa fez o melhor tempo das meias-finais dos 100 metros e assume-se como um dos principais candidatos às medalhas nesta distância que, convém referir, é olímpica.
Depois da pequena desilusão que foi nem sequer passar das eliminatórias dos 50 livres pela manhã, Diogo mostrou que, em Doha, o seu assunto é mesmo com a mariposa, abrindo-se agora a possibilidade, quem sabe, de uma dobradinha dos 50 e 100 mariposa. A nadar na 2.ª meia-final, bem mais rápida que a primeira, o jovem de 19 anos passou em terceiro na viragem e, tal como na final de segunda-feira, fez uma segunda metade da prova em recuperação, garantindo o primeiro lugar com uma chegada novamente sem mácula.
Diogo Ribeiro foi mais rápido que o polaco Jakub Majerski (51.33) e que o austríaco Simon Bucher (51.39), que nadaram, ambos, na meia-final do português.
Nas eliminatórias, pela manhã, Diogo Ribeiro já tinha sido o 5.º melhor atleta, com um 51.78 que melhorou em grande medida durante a tarde, onde foi o atleta mais jovem das meias-finais.
A final disputa-se no sábado, às 16h40, hora de Lisboa.
Há seis meses, nos Mundiais de Fukuoka, Diogo Ribeiro havia sido apenas 13.º nesta distância, falhando a final. Estar na corrida decisiva pressupõe novo feito histórico para a natação portuguesa, já que até hoje nunca um nadador nacional havia conseguido chegar a duas finais em Mundiais. A história anda mesmo ao sabor de cada braçada do atleta natural de Coimbra, que em 2022, nos Europeus de Roma, havia também chegado à final nos 100 mariposa, onde foi 8.º. É também o atual campeão mundial júnior na distância.
Nestes Mundiais, Diogo Ribeiro foi ainda 11.º nas meias-finais dos 100 livres, falhando o acesso à final nesta distância olímpica. Portugal tem já duas medalhas conquistadas em Doha, com o ouro de Ribeiro a juntar-se ao bronze conquistado por Angélica André nos 10 km em águas abertas.
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