Neemias Queta falou sobre a emoção do draft, a cidade onde se sente “em casa” e a gratidão por pisar uma quadra da NBA: “Ainda me arrepio”
Icon Sportswire/Getty
Ainda antes da estreia, Neemias Queta já se arrepiava só de pensar nesse momento. O dia já chegou, mas ainda que seja importante, o foco do jogador já é o futuro e fazer com que a sua carreira seja o mais longa e produtiva possível
Os últimos dias foram uma montanha russa de emoções para Neemias Queta. A chamada à equipa dos Sacramento Kings, depois de diversos jogos ao serviço dos Stockton Kings, a estreia frente aos Memphis Grizzlies, o regresso à quadra frente aos Golden State Warriors e logo em seguida o azar de ser inserido nos protocolos de segurança contra a covid-19 da NBA.
Mas antes de tudo isto, o poste português deu uma entrevista ao website dos Kings, onde falou sobre a chegada à NBA e a vida em Sacramento.
“[Em Sacramento] senti-me praticamente como em casa desde o início", revelou o jogador que, depois de ser escolhido pelos Kings no draft da NBA, assinou um contrato two-way que lhe permite dividir o seu tempo entre a principal liga de basquetebol norte-americana e a G League.
Foi na Califórnia que Queta assistiu ao draft, ao lado da mãe, de amigos próximos e de Craig Smith, que foi o seu treinador durante os anos que jogou pelos Utah State Aggies. O português descreveu essa noite como “um sonho tornado realidade” e não escondeu que foi muito mais emocional do que inicialmente esperava.
A primeira experiência ao serviço dos Kings foi na Summer League, que a equipa acabou por vencer. O jogador deu nas vistas a nível defensivo e jogou um total de 19,7 minutos, ao longo de cinco jogos.
Ainda assim, é na G League que tem surpreendido os adeptos de Sacramento, onde conta atualmente com uma média de 15,5 pontos, 9,1 ressaltos e 2,3 desarmes de lançamento.
O momento mais alto de todos já chegou, no dia em que se tornou o primeiro português a jogar na NBA. E mesmo quando ainda não sabia que seria chamado por Doug Christie, o jogador não conseguiu esconder o entusiasmo: “Ainda me arrepio [ao pensar nisso] porque ainda não experimentei plenamente a estreia na NBA”, afirmou, não escondendo a vontade que tinha de ver isso acontecer.
O dia da estreia será sempre importante para o jogador e para a história do desporto em Portugal, mas, acima de tudo, Queta pretende que seja uma nota de rodapé numa longa e produtiva carreira na NBA.
“Só o facto de estar naquela quadra da NBA... sabes quantas pessoas querem estar naquela quadra? Isso deixa-me realmente grato. Ao mesmo tempo, estou ansioso pelo que o futuro tem para mim. Estou a desfrutar o máximo que posso e estou a tentar tirar o máximo partido disto”, afirmou.