Um jogo na NBA tem fogo, trampolins, lotaria, acrobatas e ainda basquetebol: um dia em Boston para ver Celtics-Lakers comprovou-o

Jornalista
A manhã caiu em Boston e parecia um dia como os outros. Se iria ser este sábado um dos maiores (se não o maior) jogo da NBA da fase regular, ninguém diria. Para europeus habituados a lidar com claques efusivas - para não dizer pior -, com cidades quase a parar por jogos, não foi isso que a Tribuna Expresso viu em Boston. O verdadeiro espetáculo começou apenas quando entrámos nas quatro paredes carregadas de campeonatos do TD Garden, onde os Celtics ganharam por 10.
As referências ao jogo começaram logo pela manhã no hall de entrada do hotel, onde fãs dos Los Angeles Lakers falavam com as rececionistas. Foi apenas uma das algumas referências que vimos ao longo do dia, na sua maioria de adeptos da equipa da Califórnia vestidos a rigor.
Se esperávamos uma cidade pintada a verde - recorde-se que Boston tem uma enorme influência irlandesa - não foi esse o cenário que nos recebeu. Claro, muitas lojas de souvenirs tinham as tradicionais sweatshirts e camisolas alusivas aos Celtics, bem como a outras equipas desportivas da cidade, como os Bruins (hóquei no gelo), mas nada comparado com a sensação de passar no Centro Comercial Colombo em dia de jogo no Estádio da Luz; ou no Campo Grande quando joga o Sporting, em que vemos zonas de Lisboa pintadas com as respetivas cores dos clubes.
Se os espetadores de NBA esperavam que um clássico se assemelhasse a um dérbi lisboeta ou londrino nas imediações do estádio, não podiam estar mais enganados. Claques a cantar? Não. Uma enchente de gente acompanhado por forte carga policial? Também não. Desacatos entre adeptos, utilização de very lights ou tochas, e adeptos de cerveja na mão à porta do estádio? Também não.
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