• Expresso
  • Tribuna
  • Blitz
  • Boa Cama Boa Mesa
  • Emprego
  • Expressinho
  • O Mirante
  • Exclusivos
  • Semanário
  • Subscrever newsletters
  • Últimas
  • Classificação
  • Calendário
  • Benfica
  • FC Porto
  • Sporting
  • Casa às Costas
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Newsletter
  • Podcasts
  • Crónicas
  • Reportagens
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • RSS
Tribuna ExpressoTribuna Expresso
  • Exclusivos
  • Semanário
Tribuna ExpressoTribuna Expresso
  • Últimas
  • Classificação
  • Calendário
  • Benfica
  • FC Porto
  • Sporting
  • Casa às Costas
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Newsletter
  • Podcasts
Exclusivo

Benfica campeão

A cassete de Roger Schmidt, o contraditório alemão que entusiasmou o Benfica até ao título

A cassete de Roger Schmidt, o contraditório alemão que entusiasmou o Benfica até ao título
Ilustração de João Carlos Santos

De intervenções taciturnas e tom monocórdico, o técnico alemão foi-se repetindo nos seus chavões de “top level” e “boa atitude” - dos quais só destoou um par de vezes - enquanto embalou a equipa, desde cedo, com um futebol divergente à norma em Portugal. Apesar das arrelias no último terço do campeonato, Roger Schmidt, aos 56 anos, mostrou como o cinzentismo na fala pública não significa que se aplique a mesma cor ao futebol da equipa. Este é o retrato do treinador que deu o 38.º título ao Benfica

A cassete de Roger Schmidt, o contraditório alemão que entusiasmou o Benfica até ao título

Diogo Pombo

Texto

A cassete de Roger Schmidt, o contraditório alemão que entusiasmou o Benfica até ao título

João Carlos Santos

Ilustração

Sorri sem conceder leviandades de maior, caminha a passo apressado quanto baste, lá ergue a cabeça quando avista o rol de câmaras e microfones à sua espera no sopé da rampa das chegadas do aeroporto. É o primeiro vislumbre de um treinador aterrado num país novo, Roger Schmidt saberia que as primeiras impressões colam-se com força à memória e que haveria milhões a assistirem às exaustivas repetições desse momento. Alemão de gema, adorna-se com um cinzento-claro integral na vestimenta: a camisa, as calças e o casaco pendurado no braço da mão que tem no bolso são da mesma cor, da que alude ao indistinto, à ausência de brilho. É a cor usada como adjetivo quando se quer intuir monotonia.

E ele, contrastando de si próprio, apresenta-se com um “first of all, bom dia.”

Rodeado por uma dezena de auscultadores, cercado por jornalistas, Roger Schmidt logo disse ao que vinha, “jogar bom futebol e ser bem-sucedido”, pouco demorando a prometer que todos no Benfica iriam “trabalhar no duro para mostrar sempre um espírito e uma mentalidade muito boas em campo” para aos adeptos passar “a sensação de que os jogadores fizeram tudo para ganhar jogos e conquistar títulos”. Chegado de fresco, punha-se a prometer coisas, prática desaconselhada a qualquer treinador mesmo que essas coisas fossem da estirpe enunciada, das que se dá como adquiridas na exigência imputada a toda a equipa de futebol que se preze.

Monocórdico, muitas vezes monotemático e cedendo às mesmas expressões futebolescas, o alemão cedo se apresentou como a contradição que foi durante toda a época. Pouco dado ao entusiasmo na fala, foram meses e meses do técnico a repetir-se com os seus chavões do “top level”, da “mentality” e a “good attitude” em conferências de imprensa e flash interviews, cada intervenção pública a reforçar os poderes de premonição em quem o iria ouvir por Schmidt recorrer, com poucas exceções, à sua postura sem trejeitos e cheia de muletas no discurso. O que provoca a interrogação que nele também reside - alguém tão redondamente previsível nas suas intervenções conseguir, em tão pouco tempo, trabalhar uma equipa tão entusiasmante e arrojada em certos períodos?

SubscreverJá é Subscritor?Faça login e continue a ler
Inserir o CódigoComprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler
Relacionados
  • De Grimaldo a Rafa, de João Mário a Gonçalo Ramos: as figuras do Benfica campeão sem um solista declarado

  • O campeão em episódios: “Quem gosta de futebol, gosta do Benfica”, um recorde de quatro décadas, a crise de abril e outros momentos da época

  • As primeiras palavras de Roger Schmidt como campeão: “Estamos muito orgulhosos e contentes. E também muito aliviados”

  • O que parecia inevitável foi mesmo: depois do jejum, Benfica vence o 38.º campeonato da história (a crónica do jogo com o Santa Clara)

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: dpombo@expresso.impresa.pt

Benfica campeão

  • Benfica campeão

    Roger Schmidt: o reformista tranquilo

    Bruno Vieira Amaral

  • Opinião

    Ganhar em alemão (o retrato tático do Benfica campeão)

    Tomás da Cunha

  • Benfica campeão

    A cassete de Roger Schmidt, o contraditório alemão que entusiasmou o Benfica até ao título

    Diogo Pombo

    João Carlos Santos

  • Benfica campeão

    De Grimaldo a Rafa, de João Mário a Gonçalo Ramos: as figuras do Benfica campeão sem um solista declarado

    Pedro Barata

    João Carlos Santos

+ Exclusivos
+ Artigos
  • A casa às costas

    “Num jogo, na Grécia, os adeptos quiseram invadir o campo, a polícia usou gás lacrimogéneo e tivemos de fugir para debaixo das bancadas”

    Alexandra Simões de Abreu

  • Entrevistas Tribuna

    Dos €65 milhões prometidos “ainda não chegou um euro” ao desporto português: “Estamos a desperdiçar gerações e gerações de atletas”

    Francisco Martins

  • A casa às costas

    “Senti que estava confortável em não jogar no Benfica, não gostei disso e fui para o Nottingham Forest ganhar 10 vezes mais”

    Alexandra Simões de Abreu

  • Análise

    Noronha Lopes já não cheira a outsider no Benfica e voltou cheio de emoção e crítica, mas ainda com pouco de concreto

    Diogo Pombo

    Lídia Paralta Gomes

+ Vistas
  • A casa às costas

    “Senti que estava confortável em não jogar no Benfica, não gostei disso e fui para o Nottingham Forest ganhar 10 vezes mais”

  • Ténis

    Amanhã o sol vai nascer de novo para Coco Gauff, a campeã que aprendeu esta lição em Roland-Garros

  • A casa às costas

    “No Sporting, não gostei da maneira como fui tratada pela treinadora. Pela atleta que sou, pelo profissionalismo que tenho, não merecia”

  • Análise

    Noronha Lopes já não cheira a outsider no Benfica e voltou cheio de emoção e crítica, mas ainda com pouco de concreto

  • Entrevistas Tribuna

    Chegou lá acima e disse “não caias, Celeste!”: a portuguesa com “quatro olhos abertos” que arbitrou a final do Mundial de ténis de mesa

  • Portugal

    Ronaldo desfruta de “competir bem contra gente 20 anos mais nova” e critica “os papagaios que estão em casa e dão a opinião” sobre Martínez

  • Entrevistas Tribuna

    Dos €65 milhões prometidos “ainda não chegou um euro” ao desporto português: “Estamos a desperdiçar gerações e gerações de atletas”

  • Análise

    São 11 contra 11 e no fim ganha o banco de Portugal

+ Vistas
  • Expresso

    A desilusão Guns N’ Roses em Coimbra: o passado não volta mais e a voz de Axl Rose também não

  • Expresso

    Há 27 bairros de barracas na Grande Lisboa: "Trabalho, sou segurança, mas tive de construir uma casa ilegal para dar um teto à família"

  • Expresso

    Preços exorbitantes e longas caminhadas para contornar empreendimentos de luxo: em Grândola as praias não são iguais para todos

  • Expresso

    Um espectro paira sobre a Europa: forças armadas alemãs têm três anos para se preparar contra ataque russo

  • Expresso

    Guns N’ Roses em Coimbra: o alinhamento de 28 canções e os vídeos de uma ‘maratona’ de 3 horas

  • Expresso

    Posso exigir saber quanto ganham os meus colegas? Há alterações a caminho

  • Expresso

    Carolina Patrocínio: ”Criaram a narrativa de que sou uma miúda mimada e caprichosa, o que não se cola com a pessoa que eu sou”

  • Expresso

    António Costa e Leão XIV encontraram-se no Vaticano e tiveram um “debate muito inspirador” sobre a paz em Gaza e na Ucrânia