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A omnipresença de Gyökeres, a classe de Di María, o estranho caso de Samu: os destaques da 1.ª volta do campeonato (que se dividiu em duas)

A omnipresença de Gyökeres, a classe de Di María, o estranho caso de Samu: os destaques da 1.ª volta do campeonato (que se dividiu em duas)
Carlos Rodrigues

À falta de disputar o adiado Nacional-FC Porto, a primeira metade do campeonato já lá vai. As 17 jornadas partiram-se, na verdade, em dois blocos: 11 rondas de domínio absoluto do Sporting de Amorim, seis bem mais equilibradas. Com lutas muito abertas nos dois extremos da tabela, as estatísticas indicam que há protagonistas individuais que se repetem e novos nomes a ter em conta

A omnipresença de Gyökeres, a classe de Di María, o estranho caso de Samu: os destaques da 1.ª volta do campeonato (que se dividiu em duas)

Pedro Barata

Jornalista

O efeito borboleta do despedimento de Ten Hag do Manchester United foi, mesmo, a nota de maior destaque da primeira metade da I Liga 2024/25. A saída do neerlandês dos red devils ditou que os ingleses viessem contratar Ruben Amorim, o que privou o Sporting do seu técnico, causando uma brutal quebra de rendimento nos campeões nacionais. O que era uma competição com um dominador claro tornou-se numa disputa bem mais aberta.

Veja-se: com Amorim, os verde e brancos obtiveram 11 vitórias em 11 rondas. À data da saída do atual dono do banco de Old Trafford, lideravam a I Liga com mais cinco pontos que Benfica e mais seis que FC Porto, apresentando o melhor ataque e a melhor defesa entre os 18 participantes.

Num ápice, muito mudou. João Pereira substituiu Ruben Amorim e em quatro partidas do campeonato perdeu oito pontos, o dobro dos que o seu antecessor cedeu nas derradeiras 30 jornadas em que esteve na I Liga.

Concluída a primeira volta do campeonato, a excelência do Sporting encolheu. Os cinco pontos de avanço para o Benfica são, agora, três, os seis para o FC Porto tornaram-se apenas num ponto, com os dragões a terem uma partida em atraso. Esse embate disputar-se-á a 15 de janeiro, com a visita ao Nacional que foi adiada pelo nevoeiro.

A equipa de Alvalade mantém o melhor ataque (48 golos, face a 40 do FC Porto e 38 do Benfica), mas caiu muito defensivamente. Após encaixar cinco golos em 11 jogos com Amorim, o Sporting sofreu nove golos em seis partidas, sendo apenas a terceira melhor defesa. O Benfica, com 11 golos sofridos, e o FC Porto, com nove, estão melhores que os campeões nacionais.

Este nivelamento do topo da tabela corresponde, na verdade, à tendência geral da competição. A meio da temporada, tudo está em aberto. Três pontos separam os três primeiros — com a tal ressalva do jogo em atraso dos dragões —, SC Braga e Santa Clara estão empatados logo a seguir, há cinco pontos entre o Vitória SC, sexto, e o Rio Ave, décimo. Entre Boavista, último, e Estrela, 13.º, há meros quatro pontos.

Assim, vale a pena olhar para os destaques estatísticos desta primeira volta. Recorrendo aos dados da plataforma especializada Driblab Pro, há protagonistas esperados e outros mais surpreendentes.

Os goleadores

Viktor Gyökeres dá, nesta temporada, continuidade ao que realizou na anterior. Melhor marcador de 2023/24, lidera os goleadores, com 21 festejos, registo que fá-lo-ia ser o melhor marcador do campeonato em oito das edições que já se disputaram no século XXI.

O sueco é, mesmo, um caso de omnipresença atacante. Não só marca, como se destaca em quase todos os parâmetros entre os atacantes: é quem mais remata por encontro (4,5 disparos em média) e quem mais o faz na direção da baliza contrária (2,2 vezes por duelo), sendo ainda o que mais toca na bola na área adversária (10,1 toques, em média, por jogo, quando mais nenhum ponta de lança supera os sete toques em média).

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