Quando até Roberto Martínez — o selecionador dos floreados, das respostas cheias de rodeios, das frases que dão a volta para terminarem no ponto em que começaram — admite que foi “a pior exibição” dos “últimos dois anos”, identificando a "falta de intensidade e de sincronização" e dizendo que Portugal "sofreu", então é porque a coisa foi mesmo muito má.
Numa noite de terror em Copenhaga, o mais positivo foi mesmo levar a eliminatória para Alvalade com diferença mínima no marcador. “O Diogo Costa fez uma grande exibição”, sublinhou o selecionador. E talvez sejam mesmo as defesas do guardião a melhor causa para que a Dinamarca só tenha vencido por 1-0.
Segundo dados da plataforma especializada em estatísticas Driblab, os escandinavos fizeram 23 remates, contra oito de Portugal. Em tiros no alvo, houve nove dos locais e somente três dos visitantes. Diogo evitou vários golos praticamente certos, desde logo o penálti de Eriksen, mas não só. Olhando somente entre os 24' e os 58', o guarda-redes do FC Porto realizou cinco defesas, quase o dobro das intervenções que Kasper Schmeichel teve de protagonizar em todo o desafio.
A Dinamarca tentou 17 remates dentro da área. Portugal só conseguiu que um disparo feito dento da área chegasse a Schmeichel, numa tentativa algo confusa de Veiga, que ainda foi desviada por um defesa. Tirando esse lance, só houve mais duas finalizações enquadradas dos visitantes, ambas por Pedro Neto, a abrir, aos 8', e a fechar, aos 94'. Os dois remates de meia distância esbarraram em Schmeichel.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt