Olhemos de relance para os últimos três jogos do Sporting no campeonato. Frente ao Casa Pia, marca Gonçalo Inácio aos 12’ e Viktor Gyökeres faz o seu golinho da ordem à passagem da meia-hora de jogo. Um auto-golo de Esgaio deixa os leões como tantas vezes na era Rui Borges: a tremer. Um penálti marcado pelo sueco aos 77’ é o ansiolítico certo para o fim dos nervos.
Na jornada seguinte, o Sporting abre a contagem ao minuto 1 e deixa o Famalicão empatar antes do intervalo. Gyökeres marca aos 64’ e assiste para o golo da tranquilidade de Geny aos 88’. No último sábado, mais Gyökeres para o resgate: mesmo a jogar com 10, o Sporting mostra dificuldades em criar oportunidades na baliza do Estrela. Gyökeres marca de penálti aos 52’ e aos 89’ e pelo meio ainda faz a assistência para o 2-0, de Quenda.
Se a marca de Gyökeres é indelével desde que chegou ao Sporting, nos últimos jogos os leões parecem ver no sueco uma espécie de inevitável salvação. “Gyökerodependência” é um termo cunhado, com sintomatologia feita de golos e de assistências, de vitórias sofridas que talvez não acontecessem sem o nórdico. Mas faz sentido dizer que o Sporting é, neste momento, uma equipa viciada em Gyökeres, sem o qual o plano de Rui Borges entra em irremediável síndrome de abstinência?
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