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Opinião

O primeiro grande golo do Euro 2024

O primeiro grande golo do Euro 2024

Laurentino Dias

Ex-secretário de Estado do Desporto

Este Europeu, começando assim, começou bem. Na voz de Kylian Mbappé, um dos seus melhores, recusou-se a ideia do futebol milionário, alheio às realidades sociais, chamou-se a liberdade, a solidariedade, a justiça social para as primeiras páginas, numa conferencia de imprensa onde só lhe pediam as trivialidades futebolísticas do costume - e o capitão da seleção gaulesa decidiu fazer um apelo em defesa do país multicultural e solidário que reconhecemos hoje na França

Kylian Mbappé é o nome de um dos melhores jogadores do futebol mundial. Filho de pai camaronês e mãe argelina, veio ao mundo em Seine-Saint-Denis, nos arrabaldes de Paris. Nasceu francês, e por força do seu futebol tornou-se um ídolo para os franceses, que muito nele apostam para levar a sua seleção à vitória neste Europeu da Alemanha - a vitória que em 2016 lhes fugiu, na final de Paris contra Portugal, que tinha como capitão um dos ídolos do “craque da bola” francês, o nosso Cristiano Ronaldo.

Agora, Mbappé tem essa mesma ambição (legítima) de ser campeão europeu. E, na catadupa arrasadora de reportagens, entrevistas e declarações públicas que enchem diariamente a comunicação social do mundo inteiro, tocou-lhe também a vez de falar em nome da seleção da França na véspera da estreia no Europeu, contra a Áustria. Falou sobre o jogo, as suas expectativas, as suas aspirações de vitória, tudo o que se diz quando se vai entrar em jogo. A puxar pela equipa, a motivar o seu país. Mas eis que quis falar mesmo para os franceses... E sobre as eleições que se aproximam.

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