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Opinião

O problema turco do Benfica

Os mais teimosos dirão que o problema são mesmo os argentinos, aqueles dois, Di María e Otamendi. Mas se é preciso identificar o problema por nacionalidades, Bruno Vieira Amaral vota nos turcos. Kökçü pode ser um número 10 em muitos países e em muitos clubes do mundo, mas não em Portugal e não num clube que viu jogar Rui Costa e Pablo Aimar com essa camisola. Kökçü é um carregador de piano que sabe assobiar, que talvez até consiga assobiar quando está a carregar o piano, mas não é pianista

O problema do Benfica são os argentinos. Em particular, os dois campeões do mundo. Segundo se ouve por aí, Di María e Otamendi são os culpados de Bruno Lage não impor a sua liderança natural. São velhos, ricos e com um estatuto que lhes permite dizer o que pensam e que nem sempre está de acordo com a visão brilhante do treinador. Identificado o problema será uma questão de o resolver, removendo cirurgicamente estes dois tumores. Concluída a operação, o Benfica regressará à senda dos triunfos, das grandes exibições e dos títulos.

É um problema recorrente do Benfica: os jogadores. Certos jogadores. O problema já foi André Almeida. O problema já se chamou Rafa. Depois encarnou em João Mário. Era Vlachodimos. Grimaldo também recebeu a condecoração oficiosa de maior problema do Benfica (uma vez até fez um bonequinho na folha da convocatória). Até Gonçalo Ramos era, a dada altura, um problema. E depois Kökçü. Sem contar com todos os avançados que insistem marcar um golo a cada estação do ano. Todos eles vão saindo e não é que os problemas continuam?

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