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Opinião

Clubes detestáveis e clubes gostáveis

Só o PSG, coitado, senhor feudal na liga dos agricultores, colecionador de ligas e taças domésticas, é que não merecia compaixão entre os clubes recentemente comprados por petrodólares. Era o clube que todos amam detestar. Nada que uma vitória não resolva. Mas não podia ser uma vitória qualquer: teve de ser uma vitória como nunca se tinha visto numa final da Champions

Desconfio que já terei falado sobre o assunto, mas regresso a ele porque me fascina. Porque é que há clubes detestáveis e clubes “gostáveis”? Mais interessante ainda: como é que um clube transita de um estado para o outro? Com as seleções verifica-se um fenómeno semelhante. Aliás, creio que foi a propósito de seleções que abordei o tema. Nos últimos anos, seleções que eram detestáveis, como a Alemanha e a Itália, tornaram-se gostáveis. Detestar o cinismo italiano ou a eficácia germânica eram mandamentos tácitos do futebol. Mas ou essas seleções limaram as arestas ou fomos nós, os adeptos, que começámos a apreciar o lado romântico de certos atavismos.

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