Conheci o presidente pessoalmente quando assinei contrato com o FC Porto. Nunca havia estado na presença dele e estava muito nervoso, porque para além do que aquele contrato representava na minha vida, estavam ali pessoas, nomeadamente e sobretudo o presidente, que me habituei a ver na televisão. Mas a imagem que eu havia construído dele e o nervosismo em que estava rapidamente foram-se diluindo, porque pareceu-me uma pessoa bastante cordial, simpática e até engraçada.
Ele até teve o cuidado de mostrar-se interessado na minha vida. Por exemplo, lembro-me perfeitamente da preocupação que teve em saber se eu já tinha carta e carro. E precisamente por eu ter tirado a carta há pouco tempo, ele acabou por arranjar forma de dar-me um bónus, digamos assim, para eu poder iniciar esse processo da compra de um carro. Não que isso fizesse parte do plano ou parte do contrato, foi ali, de momento, de circunstância, já o contrato estava assinado. Ele é que em conversa comigo e com o meu pai percebeu que eu tinha acabado de tirar carta e precisava de comprar carro. Nesse dia saí de pé dele com a ideia de que era uma pessoa cuidadosa, preocupada.
Ao contrário do que as pessoas possam pensar, o presidente não costumava ir ao balneário. Não, ele tinha a habilidade de não desgastar a imagem que tinham dele, portanto não aparecia muitas vezes naquela posição de presidente que vem intervir. Agora, mostrava-se presente, por exemplo, no relvado. Estava muitas vezes à porta do campo n.º 2 para nos cumprimentar, um a um.
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