“O Pinto da Costa disse-me: ‘Só não te vendo a ti e ao Jardel’. Fiquei a olhar para ele, porque eu estava no Leça. Ele tinha um dom”

O presidente do FC Porto foi a primeira pessoa no clube a acreditar que eu poderia chegar onde cheguei. Recordo-me que, nos juniores, no final de um jogo ele fez questão de falar comigo. Fui o único jogador da minha equipa, na altura, a falar com o presidente, portanto esse dia ficou marcado para toda a minha vida porque senti que foi das primeiras pessoas a acreditar que eu podia chegar tão longe.

Comigo foi sempre uma pessoa acessível. Claro que quando ele falava todos respeitávamos, era a pessoa no FC Porto que idolatrávamos. Tudo o que ele dizia era lei e nós respeitamo-lo muito. Eu cresci em Amarante e até aos 15 anos fiz a minha formação no Amarante. Fui com 16 anos para o Porto e claro já tinha criado toda aquela imagem do presidente Pinto da Costa. Quando o conheci, estava tão envergonhado que só agradeci: “Obrigado presidente, obrigado.” Nem tive o prazer de dizer-lhe que era um grande prazer cumprimentá-lo pessoalmente.