FC Porto

Sérgio Conceição: “Estudámos o Vitória ao pormenor. O Álvaro Pacheco vive a 20 km do Afonso Henriques, até isso fui ver”

Sérgio Conceição: “Estudámos o Vitória ao pormenor. O Álvaro Pacheco vive a 20 km do Afonso Henriques, até isso fui ver”
MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Treinador do FC Porto fez a antevisão ao importante e difícil encontro em casa do Vitória, em Guimarães (20h30, Sport TV1), uma equipa “sólida, consistente, que ataca de forma simples”

Expresso

Jogo em Guimarães

“É uma deslocação difícil, frente a um Vitória que, independentemente de já ter trocado de treinador, na tabela não se tem notado, estão a três pontos de nós. O plantel tem qualidade, o treinador também é um treinador muito identificado com a paixão e a forma de ver o futebol dos adeptos. Espera-nos um jogo difícil, compete-nos a nós dar uma boa resposta”

Problemas que o Vitória pode dar

“Os problemas que possam criar têm que ver principalmente connosco, a forma como vamos defender, percebendo a dinâmica do adversário com bola. Dentro disto incluo os esquemas táticos, as bolas paradas. É uma equipa sólida, consistente, que ataca de uma forma simples e direta e que é perigosa por isso, aproveitando os erros do adversário. Temos de ter cuidado com isso e perceber que somos o FC Porto, que queremos impor o nosso jogo e controlar o jogo, de uma forma enérgica, agressiva no bom sentido, a intensidade que nos tem caracterizado ao longo destes anos, este ano aqui e ali nem tanto. É isso que temos de procurar”

Mudança de chip

“Não deve perder o foco. O que é o foco? É estar completamente focado na preparação do jogo e preparar diferentes cenários, inclusive esse ambiente muito apaixonado dos adeptos do Vitória que eu conheço e tive o prazer de trabalhar. E tudo aquilo que é a equipa do Vitória, o que conta são os intervenientes diretos do jogo. E neste caso estudámos o Vitória ao pormenor. O Álvaro Pacheco vive a 20 km do estádio Afonso Henriques, em Vila Cova da Lixa, até isso fui ver para ver que há ali uma grande empatia de gente que trabalha dentro do Vitória, que vive o clube como ninguém. É um clube muito difícil de se jogar contra, não é nada fácil para os adversários”

Situação de Schmidt, contestação

“O meu foco é o jogo contra o Vitória. Já tive a oportunidade de falar de colegas de profissão. Não gosto muito dessa discussão em praça pública, mas nós somos treinadores de futebol e há momentos em que estamos na mó de cima e toda a gente é elogiada e depois quando se perde ou se está num ciclo negativo o culpado é sempre o mesmo. Foi sempre assim desde o início da história deste desporto fantástico que é o futebol. Se é justo ou não, há situações e situações, casos e casos. A vida do treinador de futebol é esta, também já passei por isso algumas vezes”

Pepe e os restantes centrais

“A maturidade que o Pepe tem é adquirida ao longo dos anos, nas diferentes equipas e na seleção nacional. Isso pesa, há momentos do jogo em que isso pesa. Todos os centrais que temos à disposição, incluindo o Marcano e Zé Pedro, são centrais de qualidade, com as suas características. O Pepe vocês sabem o que eu penso dele, o que ele é, o que representa para o clube, não só dentro do balneário como para fora. Espero que qualquer um dos centrais consigam uma carreira perto de uma carreira que o Pepe fez, que não é fácil”

O que o preocupa mais nesta fase da época?

“Não é preocupar, mas o que nos faz trabalhar são alguns desses erros e alguma falta de eficácia ofensiva que temos tido. É corrigir”

David Carmo muito amarelado

“A melhor forma de tranquilizar é trabalhar, não conheço outra forma. Trabalhar nos aspetos em que ele não está tão bem. O David jogou maioritariamente numa linha de cinco, um ou outro erro não se notava tanto, o SC Braga defendia em zonas diferentes. Um central do FC Porto está sempre mais exposto. Eu entendo. Mas é preciso trabalho, receber uns assobios de vez em quando, levar uns amarelos e não parar”

Margem de erro no campeonato terminou?

“Não olhamos para isso. Sabemos que estamos atrás de dois adversários e queremos rapidamente chegar à frente. Isso não depende de nós, depende de nós ganhar jogos e aí não há margem de erro porque estamos atrás”

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt