A madrugada foi atribulada junto à casa de André Villas-Boas (AVB), na Foz. Depois de rebentar petardos junto à casa do treinador e candidato à presidência do FC Porto, um grupo assaltou e agrediu um homem, de 64 anos, que exerce de zelador ou segurança daquele espaço habitacional. O indivíduo agredido foi transportado para o hospital.
O episódio teve dois momentos, segundo as primeiras notícias publicadas pela CNN Portugal. Tudo terá começado pouco antes da uma da manhã, com o tal rebentamento de petardos e primeiros sinais de vandalismo. A polícia interveio e resolveu a situação. Antes das cinco da manhã o caso escalou, com o funcionário do condomínio de AVB a acabar violentamente agredido.
Este ataque aconteceu horas depois da entrevista à SIC de Jorge Nuno Pinto da Costa, o presidente do FC Porto, e alguns dias depois da quente assembleia geral que teve de ser interrompida por desacatos, coações e agressões entre sócios. André Villas-Boas, que deverá ser concorrente à direção que está à frente do clube há quatro décadas, confirmou nas redes sociais os momentos tensos vividos esta madrugada junto à sua casa.
“Hoje, por volta das 00h48, a minha residência foi alvo de atos de violência e vandalismo. Foram lançados petardos, o que me alertou a mim, a um meu colaborador e a alguns vizinhos”, começou por dizer AVB. “A PSP foi chamada ao local e a devida participação da ocorrência efectuada. Mais tarde, pelas 04h30, no mesmo local, o meu colaborador foi violentamente agredido por desconhecidos e viu-lhe serem furtados alguns bens, incluindo a sua viatura. Tendo recebido assistência médica no local, encontra-se ainda a ser observado numa unidade hospitalar e a receber os cuidados médicos necessários para tratar os seus ferimentos.”
O treinador e candidato à presidência do FC Porto conta ainda que juntamente com a PSP esteve a Direção de Investigação Criminal. “Lamentavelmente os atos de intimidação, vandalismo e violência continuam e peço às autoridades a empenhada cooperação na resolução destes incidentes.”
Villas-Boas, de 46 anos, deu à Tribuna Expresso uma entrevista, a 26 de outubro, na qual admitiu ter “equipas preparadas”, “ideias” e “projetos” para o seu FC Porto. Confessando sentir apoio nas ruas e criticando severamente o desnorte financeiro do clube, foi naquele momento, no fundo, que agitou o universo portista e a tensão começou a subir. Meros cinco dias depois dessa entrevista foram pintadas nos muros da sua casa as palavras “traidor” e “ingrato”.
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