Em tempos de luta eleitoral, todas as oportunidades são boas para o ataque. Seja interno ou externo. E, nos últimos dias, Jorge Nuno Pinto da Costa tem visado mais os chamados inimigos externos do que os adversários das próximas eleições, a realizar em abril e em que André Villas-Boas poderá ser um adversário de peso.
Depois de num jantar de apoio a sua recandidatura ter sublinhado que não irá “contribuir para a desunião” e que há “inimigos exteriores que cheguem”, no editorial da revista “Dragões” o presidente do FC Porto voltou a atirar para fora. Lembrando o recente ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), em que os dragões surgem como o 10.º clube do mundo e 7.º da Europa, Pinto da Costa ironizou.
“Confesso que fiquei surpreendido quando li esta informação. Nos jornais portugueses só leio que estamos em crise desportiva. Nas rádios portuguesas só ouço que estamos em crise financeira. E nas televisões portuguesas só vejo que todos os outros são melhores que nós em tudo”, escreve o decano presidente, líder do clube desde 1982.
Pinto da Costa fala de um ranking que se baseia em “dados que são objetivos e indiscutíveis”, organizados “por uma entidade internacional que não representa qualquer interesse particular no futebol português, e que mostram que o FC Porto “esse clube em crise”, ironiza de novo o presidente, “foi afinal um dos melhores do mundo no último ano”.
“Desde 2020 vencemos tantos troféus nacionais como o Benfica, o Sporting e o SC Braga juntos”, frisa ainda Pinto da Costa, lançando que “a crise desportiva do FC Porto é uma fantasia inventada em Portugal por inimigos de um clube que muitos sonham ver regressar ao que era antes do 25 de Abril”.
Numa entrevista em novembro à SIC Notícias, Pinto da Costa condicionou a sua recandidatura a mais um mandato à frente da presidência do FC Porto, o 16.º, a três fatores: a qualificação do FC Porto para os oitavos de final da Champions, capitais positivos nas contas de janeiro e a edificação da nova academia dos dragões, na Maia. Para já, mantém o tabu.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt