FC Porto

Fernando Madureira detido após buscas em casas de membros dos Super Dragões

Fernando Madureira detido após buscas em casas de membros dos Super Dragões
Octavio Passos

Procuradoria-Geral Distrital do Porto indica que em causa está, no âmbito do inquérito que investiga os incidentes na assembleia geral do FC Porto de 13 de novembro, a prática de “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação”. Foram detidas 12 pessoas, entre as quais um funcionário do FC Porto, responsável pela ligação aos adeptos, de acordo com o “Público”

Em atualização

Sofia Correia Baptista

A PSP está a realizar buscas na zona do Porto em casa de membros da claque Super Dragões, na manhã desta quarta-feira. O líder do grupo, Fernando Madureira, foi detido, confirmou o Expresso. Também Vítor Catão, conhecido adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, foi detido, segundo o “Jornal de Notícias”.

Fernando Saul, speaker no Estádio do Dragão e oficial de ligação aos adeptos, faz igualmente parte do grupo de 12 suspeitos que foram detidos pela PSP, avança o “Público”, assim como a mulher de Madureira, numa operação em que participaram o Grupo de Operações Especiais e o Corpo de Intervenção, segundo a CNN Portugal. Foram ainda apreendidas duas viaturas do líder dos Super Dragões.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto indica, em comunicado, que “no âmbito de inquérito em que se investigam os incidentes na assembleia geral” do FC Porto de dia 13 de novembro, foram executadas “diligências de investigação”, onde se incluem buscas domiciliárias e não domiciliárias.

“Foram também operadas doze detenções fora de flagrante delito. O Ministério Público apresentará os detidos para primeiro interrogatório judicial, promovendo a aplicação de medidas de coação”, refere a nota.

“Está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação”, acrescenta.

A assembleia de 13 de novembro, que iria deliberar sobre os novos estatutos do FC Porto, ficou marcada por atrasos, uma mudança de local devido à grande afluência de sócios e por várias cenas de violência e agressões entre adeptos, o que obrigou ao adiamento da reunião.

Dias depois, um grupo rebentou petardos junto à casa de Villas-Boas, na Foz do Porto, e assaltou e agrediu um homem de 64 anos, segurança da residência, que teve de ser transportado para o hospital.

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