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Operação Pretoriano: juiz decide colocar Fernando Madureira e ‘Polaco’ em prisão preventiva

Operação Pretoriano: juiz decide colocar Fernando Madureira e ‘Polaco’ em prisão preventiva
RUI DUARTE SILVA

Magistrado aplicou a medida de coação mais gravosa a dois dos arguidos da Operação Pretoriano, concordando com o pedido do Ministério Público. Teme a continuação da atividade criminosa e destruição de provas. Vítor Catão também fica em preventiva mas só até estarem reunidas as condições para ficar em prisão domiciliária

Operação Pretoriano: juiz decide colocar Fernando Madureira e ‘Polaco’ em prisão preventiva

Hugo Franco

Jornalista

Operação Pretoriano: juiz decide colocar Fernando Madureira e ‘Polaco’ em prisão preventiva

Rui Gustavo

Jornalista

O juiz de instrução Pedro Miguel Vieira decidiu colocar Fernando Madureira, o líder da claque dos Super Dragões, em prisão preventiva. Hugo “Polaco” fica também em prisão preventiva e Vítor Catão em prisão domiciliária.

O magistrado teme que se Madureira, conhecido como ‘Macaco’, e o seu cúmplice, “Polaco”, ficassem em liberdade poderia haver o risco de perturbação do inquérito, como a destruição de provas essenciais para a descoberta da verdade, e também de continuarem a atividade criminosa.

Ambos os suspeitos estão fortemente indiciados dos crimes de ofensas à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, de instigação pública, de arremesso de objeto ou produtos líquidos e de atentado à liberdade de informação.

Madureira foi uma das doze pessoas detidas pela PSP na Operação Pretoriano, na semana passada.

Outros seis arguidos ficam proibidos de frequentar recintos desportivos, a sede dos Super Dragões, e a contactarem entre si, estando obrigados a apresentações trissemanais. À hora dos jogos do FC Porto têm de se apresentar numa esquadra.

Esta decisão do juiz é passível de recurso para o Tribunal da Relação do Porto.

Na terça-feira, Sandra Madureira, número dois da claque portista e mulher de “Macaco”, tinha sido libertada da esquadra de Santo Tirso, onde pernoitou durante seis dias.

Outros cinco arguidos do caso também já saíram em liberdade. Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, Hugo Loureiro, Vítor Oliveira, Vítor Bruno Oliveira e José Pereira deixaram a esquadra da Bela Vista, sendo recebidos e aplaudidos por algumas dezenas de pessoas presentes no exterior, de acordo com a Lusa.

O Ministério Público pediu prisão preventiva para Fernando Madureira e Hugo Carneiro, intitulado de ‘Polaco’, e ainda prisão domiciliária com pulseira eletrónica para Vítor Catão, adepto do FC Porto e ex-presidente do São Pedro da Cova.

As diligências já tinham levado, no sábado, às saídas em liberdade de Tiago Aguiar, outro dos funcionários dos dragões envolvidos no processo, de António Moreira de Sá e de Carlos Nunes, apelidado de ‘Jamaica’. Na altura, o número de detidos reduziu-se de 12 para nove.

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas num caso em que se investigam agressões físicas e verbais na Assembleia Geral do FC Porto, a 13 de novembro. E também os atos de vandalismo na casa do candidato portista André Villas-Boas.

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