A sua figura engravatada e encamisada, de fato impecável vestido, impõe-se sozinha, dispensa ajudas para capturar atenção. O olhar bonacheirão que Florentino Pérez adorna com as pestanas a serem persianas semicerradas, atrás dos óculos pousados no nariz, são reconhecíveis de imediato: é o presidente responsável por se associar ao Real Madrid o adjetivo “galáticos”, conjugado no plural, desde que se pôs a gastar milhões no início do século para ter os melhores futebolistas. Atrás de Luís Figo vieram Ronaldo, Zinedine Zidane, David Beckham, mais tarde Kaká, Cristiano Ronaldo ou Gareth Bale para o clube mais bem-sucedido na elite da Europa ser o que esbanjava fortunas antes disso virar moda.
Há 23 anos, Florentino Pérez chegava à presidência do Real Madrid mas isto não é sobre ele, apesar de ser ele a rechear de significado o elogio à pessoa sobre quem este texto realmente é. Porque foi sob a liderança do empresário e engenheiro que os merengues ganharam seis dos 14 orelhudos troféus da Liga dos Campeões dispostos na vitrine situada atrás dele no vídeo em que aparece a dizer que o presidente de outro clube “é história do futebol português e mundial”.
Esse presidente é Jorge Nuno Pinto da Costa, que Florentino Pérez conheceu quando chegou à liderança do Real Madrid, em 2000. E em hora de quem se dispôs a estar de pé, virado para a câmara e diante de tantos canecos da Champions a elogiar. “Estamos a falar de um presidente com 41 anos de clube e com mais títulos na história do futebol mundial. Mudou a história do FC Porto, colocou-os na elite do futebol europeu”, diz o líder do Real Madrid num vídeo de promoção ao documentário “Senhor Presidente - O Campeonato de Uma Vida”, partilhado em exclusivo com a Tribuna Expresso pela Amazon Prime, responsável pelo trabalho que estreia na sexta-feira, 15 de março.
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