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FC Porto

Quatro perguntas a Pinto da Costa e Villas-Boas: a comunicação ‘Norte contra o centralismo’ e a relação com os Super Dragões

Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto há 42 anos, vai a votos contra duas candidaturas. A que mais disputará as eleições com ele é a de André Villas-Boas, antigo treinador dos dragões.
Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto há 42 anos, vai a votos contra duas candidaturas. A que mais disputará as eleições com ele é a de André Villas-Boas, antigo treinador dos dragões.
Hélder Oliveira
Esta é a segunda fornada de respostas que a Tribuna Expresso publica dos dois candidatos deixaram, por escrito, a quatro perguntas diferentes. Ao contrário de Jorge Nuno Pinto da Costa e André Villas-Boas, a terceira candidatura, de Nuno Lobo, não chegou a responder

É conhecida, nas últimas décadas, o quão presente esteve e está a ideia da oposição Norte vs Sul na comunicação pública da presidência do FC Porto e, ocasionalmente, noutros dirigentes. Essa marca e postura, quase de antagonismo, será para manter?

Jorge Nuno Pinto da Costa: Se o digo, é porque o sinto. Todas as mulheres e homens do Norte o sentem. Existe um centralismo fortíssimo do nosso País, há vários anos.

André Villas-Boas: Não posso ser ingénuo, muito menos politicamente correto, e ignorar que pouco ou nada foi oferecido ao FC Porto, e que isso moldou essa tal marca ou postura. O FC Porto teve de combater muitas desigualdades e favorecimentos a outros clubes, mais ou menos evidentes, ao longo dos anos. Mas o FC Porto tem de saber que, concentrando-se no seu trabalho, consegue ser muito melhor do que os outros. O nosso ADN, marcado por uma cultura de vitória e resiliência, permite-nos superar adversidades e manter-nos em um estado constante de motivação e busca pela excelência. É este espírito é o que nos eleva como o clube português mais reconhecido e bem-sucedido internacionalmente.

De qualquer forma, essa postura não pode ser um motivo de impedimento para que o não FC Porto cresça nacionalmente na sua rede de associados, adeptos e simpatizantes. Atualmente, 88% dos nossos sócios estão concentrados em apenas três distritos: Porto, Braga e Aveiro. É uma realidade que me entristece. Isso mostra que não conseguimos capitalizar completamente décadas de conquistas para aumentar a nossa influência nacional. É essencial que adotemos novas estratégias de comunicação e interação para estreitar laços com adeptos de outras regiões, tornando o clube mais inclusivo e ampliando nossa base de apoio por todo o país.

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