A análise ao jogo
“Tradicionalmente é um campo sempre dif´ciil, contra uma equipa que começou muito bem a época, com capacidade para virar resultados acima da média e isso mostra a valia do Santa Clara. Desatámos os principais nós logo ao longo do jogo, primeiro, a mentalidade muito forte que tínhamos de ter, depois, desatar o nó do relvado e do sol que acaba sempre por condicionar o desempenho dos jogadores. Eles tiveram uma mentalidade assinalável, tiveram uma vontade grande de ganhar e bateram-se contra uma equipa forte a jogar em casa, que vai tornar a vida muito difícil a quem aqui vier.
A primeira oportunidade foi do Santa Clara, mas depois fizemos o primeiro e o segundo golo, depois tiveram uma oportunidade com um ressalto, um bocadinho fruto do acaso, obviamente com mérito do ala que atacou a diagonal - sabíamos que tinham muito esse padrão a atacar a zona frontal da baliza. Depois, controlámos o jogo, mas, sinceramente, não gostei da segunda parte. Controlámos, acaba por ser entendível, para mim não é aceitável.
Uma equipa que está a jogar contra 10 devia ter feito outro tipo de controlo, um jogo mais vertical, não descurando nem descaracterizando o nosso jogo associativo, mas sempre com progressão no relvado. Não a tivemos, controlámos sempre em zonas baixas do campo, não fomos muito acutilantes, tivemos um ou outro lance perto da baliza do Santa Clara, o Santa Clara teve um lance já em cima dos 90’, o resultado é completamente justo perante um adversário muito difícil.”
As substituições que fez
“Não foi no sentido de agitar, mas perceber que o André Franco tem essa capacidade de controlar o jogo com a bola, o Stefan é alguém que consegue chegar com inflitrações na linha e causar fragilidades na última linha do Santa Clara, o Gonçalo e o Pepê também com essa intenção de injetar mais velocidade e vertigem no nosso jogo. Nem sempre sai bem. Hoje parece-me que quem veio do banco não acrescentou tanto, faz parte, não é crítica, o jogo estava difícil no sentido de muito sol, relvado difícil ara controlar a bola, ter que dar muitos toques para tomar boas decisões, e isso, parecendo que não, causa dificuldades em quem vem do banco.”
Apostou em Fran Navarro e Vasco Sousa de início
“Eles durante a semana dão provas de que podem jogar. Eles sabem que não há titulares absolutos nem ninguém com lugar cativo. Digo sempre que depende muito do jogo passado, do rendimento diário e da estratégia para o jogo. Entendi que o Fran e o Vasquinho podiam ser importantes no ataque ao jogo.”
E Danny Namaso
“Tem dado resposta, na pré-época também abordou um ou outro jogo a derivar de fora para dentro, é alguém muito vertical no jogo. É alguém com capacidade física para guardar a bola, retê-la e deixar a equipa respirar quando ele tem a bola. Perceber que temos o Galeno daquele lado e o Namaso consegue ficar abertou ou meter movimentos que arrastem os laterais adversários. Repito, há jogos em que não corre bem, foi uma questão estratégica, hoje correu, o jogo foi limpo, ganhou a melhor equipa.”
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