Com o campeonato já a decorrer, o FC Porto chega finalmente a acordo com o seu antigo treinador para a rescisão de um contrato válido até junho de 2027. Técnico abdicou de 50% do valor a que tinha direito
Jornalista
O campeonato até já começou, com Francesco Farioli no banco, muitas caras novas no plantel e um triunfo concludente para abrir frente ao Vitória (3-0). Mas só agora, quase um mês e meio depois de anunciada a saída de Martín Anselmi, é que o FC Porto confirmou ter chegado a acordo com o técnico argentino e sua equipa para a rescisão de um vínculo que originalmente duraria até junho de 2027.
“O FC Porto Clube do Porto informa os seus associados, adeptos e simpatizantes que chegou a acordo com Martín Anselmi e a sua respetiva equipa técnica quanto aos termos relativos à cessação das funções anteriormente assumidas com o clube”, anunciou o clube em comunicado. A saída de Anselmi havia sido comunicada a 1 de julho, depois da desilusão que foi a participação no Mundial de Clubes, onde o FC Porto falhou os oitavos de final. O diário “Record” avança que Anselmi abdicou de 50% do valor a que tinha direito, com os dragões a pagarem assim, uma época inteira de compensação ao técnico, que chegou a Portugal proveniente do Cruz Azul, a quem o FC Porto pagou 3,1 milhões de euros pela quebra de contrato.
No texto, o FC Porto “expressa o seu agradecimento pelo trabalho, profissionalismo e compromisso demonstrados” pelo treinador argentino, “formulando votos de sucesso para o seu futuro profissional e pessoal”.
O anúncio do acordo surge horas depois de Martín Anselmi ter falado pela primeira vez de forma pública da sua curta passagem no FC Porto, onde não foi além de 10 vitórias em 21 jogos depois de suceder a Vítor Bruno. Na entrevista a um podcast argentino, Anselmi referiu a chegada a meio de uma temporada “que já estava a ser má”, com um plantel “muito desfalcado” e uma grande pressão.
“Em cinco meses, de certa forma, fizemos um trabalho de sobrevivência. Porque chegámos e o plantel era um. Aterrámos e três dias depois fomos à Sérvia jogar para a Liga Europa, em que tínhamos de ganhar. Ganhámos com um golo do Nico González e nesse fim de semana o Nico vai para o City, depois vendeu-se o Galeno para a Arábia Saudita e já não deu para substituir talvez os dois jogadores mais significativos que tinha o plantel”, explicou, numa conversa com o jornalista Juan Pablo Varsky em que sublinhou que quando foi dispensado já estava a preparar o ataque ao mercado para a nova época, tendo mesmo conversado com alguns jogadores que depois acabariam mesmo por serem contratados neste defeso.
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