Râguebi

Eddie Jones, o selecionador implacável

Eddie Jones, o selecionador implacável
foto David Rogers/Getty Images

A história do australiano Eddie Jones, uma espécie de sargentão-guru que transformou a seleção inglesa de râguebi numa equipa imbatível

Em novembro de 2015, o homem forte do râguebi da Inglaterra, Ian Ritchie, voou de urgência para a Cidade do Cabo, na África do Sul. Poucas semanas antes, a seleção inglesa fora eliminada, sem glória, do Campeonato do Mundo. A equipa perdera dois dos quatro jogos iniciais e não passara da fase de grupos, um enorme fiasco tendo em conta que o Mundial foi disputado na Inglaterra. O presidente Ritchie, antigo patrão do torneio de ténis de Wimbledon e um dos executivos mais bem pagos no mundo do desporto extrafutebol, sabia que o râguebi inglês precisava de um enorme abanão. E sabia também que esse abanão tinha um nome: Eddie Jones, o controverso australiano que fora uma das figuras do Mundial como treinador da seleção do Japão. Ian Ritchie perdeu alguns dias a convencer os conselheiros da federação a pôr na gaveta o peso da história e da tradição (a seleção inglesa nunca fora treinada por um estrangeiro). E depois seguiu para a África do Sul para resolver um pequeno problema: Jones tinha acabado de assinar um contrato de três anos com os Stormers, uma equipa de râguebi profissional da Cidade do Cabo.

O problema, afinal, não era tão grande como isso. O contrato incluía uma cláusula que previa a rescisão imediata mediante uma indemnização, que Ian Ritchie pagou de imediato e com um sorriso nos lábios (os montantes não foram divulgados). No final de 2015, Eddie Jones tornou-se, assim, o primeiro treinador estrangeiro da seleção da Inglaterra. Desde então, a equipa transformou-se por completo. Sob o comando de Jones, esta seleção inglesa, sem qualquer jogador de verdadeira classe mundial, não perdeu um único jogo. Arrasou todos os adversários. Soma 15 vitórias consecutivas, incluindo contra adversários que são potências do Hemisfério Sul, como a Austrália, a África do Sul ou a Argentina. A Inglaterra conquistou o Torneio das Seis Nações de 2016 de forma clara e tornou-se a força que domina, sem discussão, o râguebi europeu.

O dedo do australiano na mudança é evidente. Depois da entrada fulgurante do português José Mourinho na Premier League, em 2004-2005, nenhum outro treinador causou tanto impacto no desporto profissional britânico como Eddie Jones. O australiano é um treinador que sabe o que quer e que raramente tem dúvidas. Está confortável com o que faz e o que diz. Umas vezes é um diabo, outras parece um anjo. Sabe como falar na cara dos jogadores e como extrair o máximo de cada um. As suas conferências de imprensa são uma mistura de diálogo franco e duelo feroz com os jornalistas, entrecortados aqui e ali por gargalhadas. Eddie Jones, de 57 anos, é ao mesmo tempo um guru, um sargentão, um mestre de obras, um bobo da corte e um vendedor de banha da cobra. É uma enorme lufada de ar fresco no mundo tradicionalmente cinzentão e conservador do râguebi da Inglaterra, a nação que inventou a modalidade e que ainda hoje tem mais praticantes do que qualquer outro país.

Jones nasceu na ilha da Tasmânia, a 240 quilómetros da costa sudeste da Austrália continental. Na década de 60, a sua família mudou-se para Chifley, um subúrbio pouco atraente de Sydney. Eddie não cresceu no meio dos surfistas e dos biquínis e das peles bronzeadas das praias de Bronte, Coogee, Bondi ou Clovelly, igualmente nos arredores de Sydney. Chifley era uma terra de casas sociais e de imigrantes pobres, conhecida, sobretudo, pelo Long Bay Correctional Complex, a prisão mais dura do país. Ele gostava imenso de críquete, mas a tradição do liceu local empurrou-o para o râguebi. Foi em Chifley que Eddie Jones desenvolveu o carácter lutador, a resposta pronta, a palavra incisiva e implacável. Os seus amigos mais próximos eram os irmãos gémeos Mark e Glen Ella. Todos eles, curiosamente, futuras estrelas do râguebi. E todos eles pertencentes a minorias étnicas com ascendência não-europeia (Eddie Jones é filho de um australiano e uma japonesa). “Eddie era muito inteligente. Era muito bom a jogar críquete ou râguebi, mas por vezes eu não aguentava mais [jogar com ele] e saía do campo. Ele tinha uma língua letal e simplesmente arrasava os outros com as coisas que dizia”, recordou Mark Ella numa entrevista ao “Daily Telegraph”. Os irmãos Ella, de raízes aborígenes, cresceram numa barraca onde viviam 12 crianças. Na década de 80, Mark jogou 25 vezes pela seleção principal da Austrália e ainda hoje é recordado como um dos melhores médios de abertura da história do râguebi. Glen Ella também foi internacional e manteve-se sempre ligado ao râguebi como treinador de equipas um pouco por todo o mundo, por vezes como braço-direito do amigo Jones. “Todos nós — Eddie, os irmãos Ella, eu — sentíamos que não pertencíamos ao establishment”, diz por sua vez o ex-jogador Michael Cheika, filho de imigrantes libaneses e atual treinador principal da seleção australiana. “As bocas eram constantes. Ouvíamos insultos racistas e tínhamos de saber responder”, diz.

Carreira. Eddie Jones já conquistou vários títulos com equipas e seleções do Japão, da Austrália e da África do Sul. Mas perdeu o Mundial de 2003 com a Austrália
foto Jamie McDonald/Getty Images for Guinness

Como jogador, Eddie Jones fez carreira como um dos melhores talonadores do Randwick, um dos clubes históricos da região de Sydney. Não era particularmente forte, mas nunca desistia. Era incansável. Compensava a falta de peso e de estatura física com a agilidade, a mobilidade e as placagens destemidas. Chamavam-lhe “Castor”, porque tinha um jeito especial para furar e escapar das molhadas. Apesar do talento, Eddie Jones nunca cumpriu o sonho de vestir um dia a camisola verde e dourada dos Wallabies, a seleção da Austrália. Na equipa sénior do Randwick, no início da década de 80, Jones jogava ao lado de muitos Wallabies, incluindo os irmãos Ella, que tinham transitado, como ele, da equipa de durões e rufias invencíveis do liceu de Matraville. A frustração por vezes dava lugar a um estilo de humor corrosivo que mexia com os colegas de equipa. “Eu acho que sou uma pessoa muito direta e frontal, mas o Eddie ultrapassa todos”, diz o treinador Bob Dwyer, campeão do mundo com a seleção da Austrália em 1991 e mentor de Jones na equipa do Randwick. “Ele dava alcunhas a toda a gente. Um dos flanqueadores da nossa equipa era o Simon Poidevin, que na altura já era internacional e um dos melhores do mundo. Eddie chamava-lhe ‘Vénus de Milo’. ‘Tens um corpo impressionante, mas infelizmente não tens mãos’, dizia-lhe ele.”

No final da década de 80, depois da licenciatura na Universidade de Sydney, Eddie Jones trabalhou como professor de Geografia na International Grammar School de Sydney, ao mesmo tempo que jogava na equipa principal do Randwick. O râguebi, na altura, ainda era totalmente amador. Na escola, Jones era adorado pelos alunos. Tal como ele, a maior parte dos miúdos tinha pais estrangeiros. Jones era tão popular nas salas de aulas como nas viagens de estudo ou nos treinos desportivos que organizava nos recreios. “Eddie era um homem de poucas palavras, mas falava sempre. Não tinha medo de nada ou ninguém. Não tolerava desaforos. Muitas vezes com uma simples frase, carregada de humor, arrasava um argumento”, recordou a antiga diretora da escola, Rita Fin, numa entrevista à BBC. Foi neste colégio internacional, que promovia a diversidade linguística e a tolerância racial, que Eddie Jones conheceu a japonesa Hiroko, a futura mulher.

As ligações de Eddie Jones ao Japão sempre foram muito fortes. Um dos avôs dele era um japonês que emigrara para a Califórnia na primeira metade do século XX e cultivara laranjas em Sacramento Valley. Depois do ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941, a família foi detida — juntamente com mais de 110 mil imigrantes japoneses (ou americanos de origem japonesa) —, durante vários anos, em campos de concentração nos Estados Unidos. Depois da guerra, a família decidiu largar tudo e regressar ao Japão. Uma das raparigas, Nellie, arranjou emprego como intérprete em Tóquio, e foi aí que ela conheceu o pai de Eddie, um piloto australiano destacado para a capital japonesa nos anos do pós-guerra.

Eddie Jones trabalhou durante anos na International Grammar School de Sydney, onde chegou a ser diretor interino. E continuou ligado ao Randwick como treinador não remunerado da equipa de reservas. Este pormenor, aliás, deixava a mulher, Hiroko, profundamente irritada. “Se queres continuar ligado ao râguebi, ao menos encontra alguém que te pague pelo teu trabalho!”, disse-lhe ela. Jones candidatou-se, com êxito, a um lugar na Universidade de Tokai, em Tóquio. O casal Jones mudou-se para a capital japonesa em 1995, e Eddie passou a trabalhar na universidade como professor assistente de inglês e como treinador de râguebi — o primeiro emprego como profissional nesta modalidade desportiva. “A minha mãe [Nellie] era americano-japonesa. Tive sempre imensa curiosidade pelo Japão e quis descobrir a história difícil do país”, explicou ele durante uma entrevista em 2015. “Na verdade, em Tokai não dei muitos cursos de inglês. Mas treinava durante horas. Tinha 80 jogadores e não tinha adjuntos ou assistentes. Dividia os jogadores em três grupos e ficava no campo desde as três da tarde até às nove da noite”, recordou ele.

Estilo. Eddie Jones tem uma obsessão doentia pelo râguebi e passa o tempo todo ao lado dos jogadores
foto David Rogers/Getty Images

O râguebi japonês serviu de rampa de lançamento para a carreira de Eddie Jones. Depois da Universidade de Tokai, foi para a equipa Suntory Sungoliath (1996) e mais tarde para a seleção nacional do Japão, onde deu nas vistas como treinador do bloco de avançados (1996-1997). Regressou, depois, à Austrália para comandar os ACT Brumbies, de Camberra, uma das equipas que integram desde 1996 a liga Super Rugby, uma espécie de Liga dos Campeões do râguebi profissional do Hemisfério Sul (a liga integra atualmente 18 equipas da Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Argentina e Japão). Os Brumbies eram uma equipa moldada na perfeição para a personalidade e o estilo de Jones. Fundada em 1996, a equipa era tradicionalmente constituída por jogadores que tinham sido rejeitados pelas outras equipas australianas que integravam a liga internacional. Toda a gente pensava que os Brumbies seriam um embaraço, uma espécie de primo pobre que tem o desaforo de se sentar na mesma mesa ao lado dos parentes ricos da Nova Zelândia, da Austrália e da África do Sul. Sob o comando de Eddie Jones, porém, os Brumbies chegaram a duas finais consecutivas do Super Rugby e ganharam uma delas (2001) — foi a primeira vez que uma equipa de fora da Nova Zelândia conquistou esta espécie de Champions do râguebi não-europeu. Ainda hoje os ACT Brumbies são a equipa australiana com melhor currículo na prova.

Um dos fatores do êxito de Jones é a obsessão doentia que tem pelo râguebi. O amigo de infância Glen Ella, que trabalhou ao lado dele em equipas do Japão e da Austrália, dá alguns exemplos: “Muitas vezes, às 3h30 da manhã, ouvia este barulho de uns papelinhos a passar pela porta do meu quarto. Eram as notas mais recentes escritas [por Eddie Jones]. Eu dizia para mim: será que este tipo não dorme? Outras vezes, quando íamos de manhã para um café, para descontrair, ele começava a manobrar os pacotinhos de açúcar sobre a mesa e a desenhar táticas para a equipa. Ele perguntava-me: ‘Nesta situação, onde é que colocarias o médio de formação?’ Eu respondia-lhe: ‘Importas-te de parar de falar sobre râguebi durante uns segundos? Não consegues desligar?’” A verdade é que ele não desliga nunca. O sector japonês do ADN de Eddie Jones, dizem, dá-lhe esta determinação e energia que os outros têm dificuldade em acompanhar. Ele tem fama de dormir muito pouco, nunca mais do que quatro ou cinco horas por noite. Bob Dwyer conta outra história: “Quando Jones era o treinador principal da seleção da Austrália, a equipa técnica foi jantar fora uma noite. Eddie não foi connosco. Regressámos tarde e na brincadeira decidimos mandar-lhe um fax, às três da manhã, com algumas notas táticas que tínhamos discutido durante o jantar. Não é que ele nos manda um fax de volta, com a resposta, quase de imediato?”

Os dias, com ele, começam entre as 5h30 e as 6h da manhã. Passa o tempo todo ao lado dos jogadores. O antigo internacional francês Marc Dal Maso, que trabalhou como adjunto de Eddie Jones na seleção do Japão (2012-2015), recorda a rotina de trabalho durante os quatro meses em que a equipa esteve concentrada em preparação para o Mundial de 2015: “Jones nunca largava os jogadores. De manhã à noite. Tínhamos quatro sessões diárias, e ele estava em todas”, diz. A carreira brilhante da equipa no Mundial — três vitórias em quatro jogos, incluindo uma vitória surpreendente (34-32) frente a um dos favoritos, a África do Sul — encantou o mundo do râguebi. A japonesa Miyuki Fukumoto, que trabalhou como tradutora na equipa técnica da seleção, recorda como Eddie Jones martelou incessantemente, ao longo de três anos, a cabeça dos jogadores: “Vocês estão aqui para mudar a história do râguebi japonês!”, dizia-lhes o treinador. Fukumoto acrescenta: “Eddie repetia esta mensagem em cada treino. Quase no final do jogo [contra a África do Sul], o Japão estava a perder 29-32 e teve uma falta a seu favor. Poderiam ter tentado converter a falta, somar três pontos e empatar o jogo. Mas eu ouvia os jogadores gritar: ‘Quem vai mudar a história? Nós! Um empate não vai mudar a história!’” Os japoneses nunca desistiram e chegaram ao ensaio (e à vitória) no 84º minuto. Foi o maior escândalo na história de um Mundial de râguebi.

Êxitos como este são o fruto de um relacionamento intenso, ardente, quase excessivo entre treinador e jogadores. Os treinos são extremamente musculados. No Japão, Jones chegou a contratar Tsuyoshi Kohsaka, um antigo campeão de artes marciais, para ajudar os jogadores a lidar com as placagens e a melhorar o contacto físico. Com a sua voz penetrante e as palavras chocantes, Jones transmite o seu ideal de râguebi: agressividade, trabalho árduo, responsabilidade. “A voz [de Eddie Jones] traduz exatamente a exigência dele. E se tu – jogador, treinador, membro da equipa de apoio – não estás à altura, as palavras podem ser extremamente duras”, recorda Dal Maso. Nos primeiros tempos à frente da seleção japonesa, por exemplo, a equipa perdeu de forma humilhante, em Tóquio, contra uma equipa francesa. Os gritos de Eddie Jones no balneário, no final do jogo, ouviam-se nos corredores. “Vocês não querem ganhar! Vocês não querem mudar de mentalidade e de atitude! Serei obrigado a mudar a equipa!” Os jogadores, encolhidos, cabisbaixos, ouviam em silêncio. Alguns escondiam-se debaixo do mobiliário. Quando o capitão Toshiaki Hirose levantou a cabeça e esboçou um sorriso nervoso, quase suplicante, Jones explodiu: “Isto não tem piada! É esse o problema do râguebi no Japão! Vocês não levam isto a sério!” Eddie Jones, explica ainda Dal Maso, adora o conflito. Procura o conflito. Enfurece as pessoas. “Todas as manhãs, ele parecia diferente. Ia para a cama contente. Quando se levantava, parecia outra pessoa. Sempre furioso. É uma estratégia da parte dele: atacar mesmo quando tudo corre bem”, diz Dal Maso.

A carreira de Eddie Jones não foi sempre um mar de rosas e de troféus. Nas últimas duas décadas, conquistou vários títulos com equipas e seleções do Japão, da Austrália e da África do Sul. Mas, no dia 22 de novembro de 2003, perdeu a final mais importante da vida dele. Depois dos êxitos com os Brumbies, Eddie Jones foi nomeado treinador principal da seleção nacional da Austrália. Treinar os Wallabies, como são conhecidos, era um sonho, sobretudo depois da frustração que Jones sentira, enquanto jogador de râguebi, por nunca ter vestido a camisola nacional verde e dourada. A Austrália tinha ganho o Campeonato do Mundo de 1999 com relativa facilidade (seis jogos, seis vitórias, apenas um ensaio sofrido). O Mundial de 2003 disputava-se na Austrália, e os Wallabies, comandados por Jones, eram, naturalmente, os favoritos. A Austrália bateu a Nova Zelândia nas meias-finais e parecia lançada para o título, mas acabaria por perder a final, em Sydney, frente à Inglaterra (17-20, após prolongamento). Foi um enorme balde de água fria. “Porque perdemos a final? Perdemos porque com Eddie a equipa perdeu a espontaneidade natural do râguebi australiano. Não é fácil trabalhar com ele. O nosso jogo era demasiado intelectual, demasiado sério. Eddie não dormia, era tudo um exagero de análises e de receitas”, explica o jornalista Tom Decent, do “Sydney Morning Herald”. A ferida desta final perdida em casa — perante mais de 82 mil espectadores — demorou muito tempo a sarar. Jones manteve-se à frente da seleção até 2005, mas depois de uma série de sete derrotas consecutivas foi convidado a abandonar, para alívio de uma nação inteira. Uma passagem por outra equipa australiana (Queensland Reds), em 2006 e 2007, também não correu bem: lesões de jogadores, derrotas em série, indisciplina, multas pesadas aplicadas a Jones por críticas aos árbitros.

O treinador só redescobriu o toque mágico quando voltou a sair do país. Eddie Jones integrou a equipa técnica da seleção da África do Sul que conquistou o Mundial de 2007 disputado em França (na altura, foi muito criticado na Austrália por aceitar um cargo numa seleção rival; as duas seleções, por capricho do calendário e do sorteio, acabaram por não se cruzar). Seguiu-se uma passagem por um clube de Londres e o regresso ao Japão, para orientar, mais uma vez, a equipa do Suntory Sungoliath (2009-2012) e a seleção do Japão (2012-2015).

Eddie Jones assumiu o comando da seleção da Inglaterra em dezembro de 2015 e rapidamente impôs o seu estilo. Uma das primeiras decisões foi nomear como capitão da equipa nacional o controverso Dylan Hartley, um bad boy do râguebi inglês que tem um longo historial de suspensões por indisciplina. Jones gosta de jogadores que têm personalidades fortes e não hesitou em deixar de fora alguns nomes grandes da seleção. Em contraste com as equipas técnicas anteriores, o novo selecionador da Inglaterra autoriza — encoraja, mesmo — que os jogadores abandonem o estágio para ir beber uma ou duas cervejas juntos. Os atletas parecem encantados. “Por enquanto só vimos o ‘Eddie Jones simpático’ e gosto imenso dele”, afirmou recentemente Billy Vunipola, habitual número 8 da equipa. “Ele é um pouco como o professor que toda a gente adora e que ninguém quer ver chateado. Toda a gente sabe que ele não gosta de quem pisa o risco.”

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